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Trump diz querer ouvir mulher que acusa indicado ao Supremo de assédio

As acusações colocaram em risco a recomendação de Brett Kavanaugh ao Comitê de Justiça do Senado, que deveria ter ocorrido nesta semana

Trump: o indicado do presidente ao Supremo é acusado de ter cometido um estupro nos anos 1980 (Jim Bourg/Reuters)
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EFE

Publicado em 19 de setembro de 2018 às 15h00.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , reiterou nesta quarta-feira que tem interesse em ouvir Christine Blasey Ford, a mulher que acusou o juiz Brett Kavanaugh, indicado pelo republicano para ocupar o lugar vago na Suprema Corte, de assédio sexual quando os dois eram adolescentes.

"Realmente quero vê-la, quero ouvir tudo o que ela tem a dizer", disse Trump antes de viajar para a Carolina do Norte, um dos estados mais afetados pela passagem da tempestade Florence.

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A Casa Branca já havia anunciado que o presidente gostaria de ouvir as versões tanto de Kavanaugh como a de Ford sobre o caso.

As acusações colocaram em risco a recomendação do juiz no Comitê de Justiça do Senado, o que deveria ter ocorrido nesta semana.

Os dois envolvidos foram convidados a prestar depoimento sobre o caso no comitê. Ford acusa Kavanaugh de assédio na década de 1980, quando os dois estavam no ensino médio.

No entanto, nas últimas horas, a mulher disse que não irá ao Senado até que o FBI investigue as denúncias.

"O FBI conhece muito bem Kavanaugh, já o investigaram umas seis vezes", afirmou Trump.

O presidente, porém, ressaltou a importância da Suprema Corte e de seu poder de indicar membros para compor o tribunal. Por isso, defendeu que os senadores levem o tempo necessário para decidir se Kavanaugh deve ou não ter a indicação confirmada.

"Queremos que o processo acabe, mas, ao mesmo tempo, é preciso levar o tempo necessário", disse o republicano.

Trump ainda disse que será uma pena que Ford não conte sua versão sobre as acusações no Senado.

Apesar de tentar não defender seu indicado, Trump avaliou que Kanavaugh está sendo tratado de forma "muito dura" e que esta é uma situação injusta para a família do juiz.

"Posso dizer que ele é um homem tão extraordinário que me custa muito imaginar que algo tenha ocorrido", ressaltou o presidente.

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