Trump diz que não será "complacente" com ameaças norte-coreanas
Em discurso anual no Congresso americano, Trump afirmou que responderá com uma "pressão máxima" aos mísseis da Coreia do Norte
EFE
Publicado em 31 de janeiro de 2018 às 08h17.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , advertiu nesta terça-feira que os mísseis da Coreia do Norte poderiam ameaçar "muito em breve" o território americano, e que ele responderá com uma "pressão máxima" e sem "complacência" diante dessa situação.
"As experiências passadas mostram que a complacência e as concessões apenas provocam agressão e provocação. Não vou repetir os erros dos governos anteriores (dos EUA) que nos levaram a esta situação perigosa", disse Trump, em seu discurso sobre o Estado da União no Congresso.
"O imprudente programa de mísseis nucleares da Coreia do Norte poderia ameaçar muito em breve o nosso território. Estamos impulsionando uma campanha de pressão máxima para evitar que isso ocorra", afirmou.
Trump, após criticar as "ditaduras" de Cuba e Venezuela, argumentou que "nenhum regime" do mundo oprimiu "seus próprios cidadãos de forma mais completa e brutal do que a cruel ditadura da Coreia do Norte ".
"Nós só precisamos olhar para o personagem depravado do regime norte-coreano para entender a natureza da ameaça nuclear que poderia representar para os Estados Unidos e nossos aliados", disse.
Como exemplo, ele citou o caso de um turista americano morto após ser preso na Coreia do Norte, Otto Warmbier, cujos pais, Fred e Cindy, estavam entre o público convidado por Trump para presenciar seu discurso.
"Depois de um julgamento vergonhoso, a ditadura condenou Otto a 15 anos de trabalhos forçados, antes de devolve-lo aos Estados Unidos em junho do ano passado, terrivelmente ferido e perto da morte. Ele faleceu poucos dias após seu retorno", lembrou Trump.
O presidente também citou o caso de Ji Seong-ho, um jovem da Coreia do Norte, ele também incluiu entre seus convidados e que deixou o país asiático ao lado de sua família fugindo da fome.
"Seong-ho viajou milhares de quilômetros com muletas através da China e do sudeste da Ásia para a liberdade. A maioria da sua família o seguiu. O seu pai foi pego tentando escapar, e ele foi torturado até a morte", relatou Trump, ao explicar que o jovem perdeu uma perna durante a fuga.
"Hoje", continuou o governante, "vive em Seul, onde ele resgata outros desertores e transmite para a Coreia do Norte o que mais teme o regime: a verdade".