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Trump diz que jovens imigrantes "não são sonhadores"

Em setembro, Trump decidiu encerrar o programa conhecido como DACA, que protegia cerca de 800 mil jovens da deportação

Trump: "Algumas pessoas os chamam de sonhadores. Não são sonhadores, não caiam nessa armadilha" (Leah Millis/Reuters)

Trump: "Algumas pessoas os chamam de sonhadores. Não são sonhadores, não caiam nessa armadilha" (Leah Millis/Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de fevereiro de 2018 às 19h34.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insistiu nesta quinta-feira para legisladores republicanos que os jovens imigrantes irregulares que chegaram ao país quando crianças não devem ser chamados de "dreamers" (sonhadores, em português) e os alertou para que não caiam "nesta armadilha".

"Algumas pessoas os chamam de sonhadores. Não são sonhadores, não caiam nessa armadilha", disse Trump.

O governante fez esse comentário durante o seu pronunciamento na reunião invernal dos legisladores republicanos na Virgínia Ocidental, ao se referir à situação dos imigrantes que chegaram ao país de forma irregular durante a infância e que deixarão de estar protegidos da deportação, por ordem do próprio presidente, em 5 de março.

"Tenho muitos sonhadores aqui na minha frente", acrescentou o presidente, usando o mesmo argumento de seu primeiro discurso do Estado da União, pronunciado na última terça-feira, que não são apenas estes jovens que sonham, mas todo o povo dos Estados Unidos.

Em setembro, Trump decidiu encerrar o programa conhecido como DACA, que foi promovido por seu antecessor Barack Obama e protegia cerca de 800 mil jovens da deportação, e pediu que o Congresso encontrasse uma solução legislativa permanente para os mesmos.

Republicanos e democratas vêm negociando há meses sobre o tema. Há algumas semanas, os dois partidos chegaram a um princípio de acordo que cumpria os requisitos exigidos pela Casa Branca, mas Trump, no entanto, se negou a dar o sinal verde para a medida.

A Casa Branca, por sua vez, apresentou na semana passada sua própria proposta, com uma linha muito mais dura em matéria de segurança fronteiriça, eliminando a possibilidade de reunificação familiar e a loteria de vistos, mas criando um caminho para que 1,8 milhão de jovens possam conseguir a cidadania.

"Dei um número muito generoso (de possíveis regularizações de imigrantes) para saber o quão interessados estão ou não em consegui-lo", explicou o presidente aos legisladores republicanos.

Nesse sentido, Trump pediu ao Senado que submeta à votação sua proposta migratória, levando em conta que os debates sobre a questão começarão nas próximas semanas.

"É uma lei dura, mas é uma lei justa", reiterou Trump.

O debate sobre como regularizar a situação desses jovens, que chegaram ao país quando crianças, está instalado no Congresso e foi o que impediu um consenso na aprovação do orçamento, provocando a paralisação parcial do governo federal há duas semanas.

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