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Trump diz estar tranquilo com investigação de influência russa

Trump ressaltou que ele "não está sob investigação" e que mesmo a acusação formulada contra seu ex-chefe de campanha não menciona seu nome

Trump: "Na realidade, não estou zangado com ninguém", garantiu Trump (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump: "Na realidade, não estou zangado com ninguém", garantiu Trump (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de novembro de 2017 às 22h28.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que está tranquilo com a investigação dirigida pelo procurador especial Robert Mueller sobre os laços entre sua campanha e a Rússia, e assegurou que, apesar das acusações contra vários de seus ex-assessores, ele não tem "nada a ver" com o caso.

Trump ligou para uma jornalista do jornal "The New York Times", Maggie Haberman, para desmentir uma notícia publicada há dois dias por outro jornal, "The Washington Post", que afirmava que o presidente estava nervoso e zangado na segunda-feira, dia em que foram anunciadas as primeiras acusações da investigação de Mueller.

"Na realidade, não estou zangado com ninguém", garantiu Trump ao "NYT".

O presidente ressaltou que ele "não está sob investigação" e que mesmo a acusação formulada contra seu ex-chefe de campanha eleitoral, Paul Manafort, não menciona seu nome.

"Não tem nada a ver conosco", acrescentou Trump, aparentemente usando o plural majestático para referir-se a si mesmo.

Manafort e seu ex-sócio Rick Gates se entregaram esta segunda-feira ao FBI após serem acusados por Mueller de 12 crimes financeiros, que não estão relacionados com a campanha eleitoral de Trump.

No entanto, têm a ver com essa campanha as acusações apresentadas contra George Papadopoulos, que foi assessor sobre política externa do agora presidente, e que foi indiciado após declarar-se culpado de mentir sobre seus contatos com indivíduos conectados com Moscou.

Na terça-feira, Trump minimizou o papel de Papadopoulos em sua equipe eleitoral, ao assegurar que era um "voluntário de baixo nível", apesar de que, segundo relatórios de imprensa, esteve em contato frequente com altos cargos da campanha e tentou programar uma reunião do candidato com o presidente russo, Vladimir Putin.

Na sua ligação ao "NYT", o presidente também disse que acabava de receber "dados fantásticos" das pesquisas sobre sua popularidade feitas pelo Partido Republicano, apesar de que, segundo uma enquete divulgada na terça-feira pelo "The Wall Street Journal", seu índice de aprovação está em apenas 38%.

Não é a primeira vez que Trump liga para jornalistas do "New York Times" ou do "Washington Post" para dar sua opinião sobre algo, apesar de regularmente acusar esses meios de comunicação de serem fontes de "notícias falsas".

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