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Trump diz a democratas estrangeiros que voltem a seus países

"É um tuíte racista", afirmou ao canal Fox News o representante democrata Ben Ray Luján, parlamentar de origem latina

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. (Carlos Barria/Reuters)
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AFP

Publicado em 14 de julho de 2019 às 17h44.

O presidente americano, Donald Trump , tuitou neste domingo que as parlamentares democratas de origem estrangeira deveriam retornar a seus países, o que gerou críticas imediatas e o fez ser chamado de racista e xenófobo.

Esta é a mais recente de uma série de declarações polêmicas de Trump, que inclui a de janeiro de 2018, quando ele chamou as nações africanas, Haiti e El Salvador de "países de merda" durante uma discussão sobre imigração.

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Em seu tuíte de hoje, Trump não citou especificamente nenhuma congressista, mas sua menção às "representantes democratas progressistas" foi interpretada como uma referência a um grupo de mulheres liberais mais jovens que integram pela primeira vez a Câmara dos Representantes, entre elas Alexandria Ocasio-Cortez, de Nova York; Ilhan Omar, de Minessota; e Rashida Tlaib, do Michigan.

Em seu tuíte, Trump escreveu que estas representantes "vieram de países cujos governos são uma catástrofe completa, os piores, mais corruptos e ineptos" do mundo.

O presidente disse ser "interessante" ver como estas mulheres "dizem aos Estados Unidos, a maior e mais poderosa nação da Terra, como se deve conduzir" o governo. "Por que não retornam e ajudam a consertar os lugares quebrados e infestados de crimes de onde vieram?"

"É um tuíte racista", afirmou ao canal Fox News o representante democrata Ben Ray Luján, parlamentar de origem latina que ocupa o cargo de mais alto escalão no Congresso. "Tratam-se de cidadãos americanos escolhidos por eleitores neste país", assinalou.

A líder da Câmara dos Representantes e democrata Nancy Pelosi fez uma crítica em sua conta no Twitter: "Rejeito os comentários xenófobos de @realDonaldTrump , que tentam dividir nossa nação." Segundo Pelosi, os comentários reafirmam que "seu plano para fazer com que a América seja grande outra vez sempre foram sobre fazer com que a América volte a ser branca."

O grupo de direitos civis muçulmanos com sede em Washington Council on American-Islamic Relations rejeitou o tuíte de Trump: "É triste ver o ocupante do Salão Oval passar de empoderar e incentivar insultos raciais a usá-los ele mesmo."

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