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Trump anula medida de Obama que limitava prisões privadas

Governo Obama havia decidido não usar mais prisões privadas para detentos federais por causa dos problemas constatados nesses estabelecimentos

Governo dirigido por Donald Trump segue revendo as medidas essenciais adotadas pelo governo de seu antecessor. (Kevin Lamarque/Reuters)

Governo dirigido por Donald Trump segue revendo as medidas essenciais adotadas pelo governo de seu antecessor. (Kevin Lamarque/Reuters)

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AFP

Publicado em 24 de fevereiro de 2017 às 09h20.

O Departamento americano da Justiça anulou uma determinação do governo Barack Obama para pôr fim ao uso de prisões privadas para detentos federais.

O governo dirigido por Donald Trump continua, assim, revendo as medidas essenciais adotadas pelo governo de seu antecessor.

Em uma carta dirigida ao diretor da administração penitenciária, o novo secretário da Justiça, Jeff Sessions, disse "ab-rogar" uma circular de agosto de 2016 do governo Obama intitulada "Reduzir o uso das prisões privadas".

O governo anterior havia decidido não usar mais essas prisões por causa dos problemas constatados nesses estabelecimentos.

A decisão se baseava em um relatório oficial muito criticado, o qual concluiu que as prisões privadas tinham problemas de segurança e de violência e ofereciam menos oportunidades de reinserção.

Já a gestão do republicano não vê com os mesmos olhos as prisões privadas, as quais representam um mercado enorme no país.

A decisão de não recorrer às prisões privadas "dificultava a capacidade de administração de prisões para responder às necessidades futuras do sistema penitenciário federal", afirmou Sessions em sua carta.

Essa decisão não é uma surpresa: as ações das empresas de prisões privadas dispararam em Wall Street, após a eleição de Donald Trump.

Em 2013, cerca de 30.000 presos federais se encontravam em presídios privados, de um total de 220.000 pessoas. Em 2015, esse número caiu para 22.600 de um universo de 190.000. O objetivo do governo Obama era reduzi-lo ainda mais, até 14.200 detidos antes de 1º de maio de 2017.

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