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Trump adia viagem a Israel após críticas de Netanyahu

Ontem, o escritório de Netanyahu afirmou que o primeiro-ministro era contrário à proposta de Trump


	Donald Trump: "Israel respeita todas as religiões e garante de maneira estrita o direito de todos seus cidadãos"
 (Brendan McDermid/Reuters)

Donald Trump: "Israel respeita todas as religiões e garante de maneira estrita o direito de todos seus cidadãos" (Brendan McDermid/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2015 às 13h25.

Washington - O pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos Donald Trump anunciou nesta quinta-feira o adiamento de sua viagem a Israel após as críticas do primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, ao seu plano de proibir a entrada de muçulmanos no território americano.

"Decidi adiar minha viagem a Israel e realizar meu encontro com Netanyahu em uma data posterior, quando assumir a presidência", disse o magnata em sua conta no Twitter.

Trump, que continua à frente das pesquisas de intenções de voto entre republicanos, divulgou na segunda-feira passada a polêmica proposta de veto temporário de muçulmanos ao país, como resposta à ameaça terrorista contra os EUA.

O plano recebeu várias críticas, tanto dentro como fora do partido republicano.

Ontem, o escritório de Netanyahu afirmou que o primeiro-ministro era contrário à proposta de Trump.

"Israel respeita todas as religiões e garante de maneira estrita o direito de todos seus cidadãos. Ao mesmo tempo, Israel está lutando contra o islamismo militante que ataca muçulmanos, cristões e judeus, ameaçando todo mundo", disse o primeiro-ministro na nota.

A previsão é que o encontro ele entres ocorresse em Jerusalém, no próximo dia 28 de novembro. Trump explicou hoje na emissora "Fox" os motivos para o adiamento do discurso.

"Ele (Netanyahu) disse que tínhamos uma reunião e que desejava que ela ocorresse. Mas eu não queria colocá-lo sob pressão", afirmou o polêmico pré-candidato republicano.

O plano de proibição de Trump foi divulgado após o recente ataque de San Bernardino, na Califórnia, que provocou a morte de 14 pessoas.

O atentado foi realizado por um muçulmano americano filho de paquistaneses e sua esposa, também de origem paquistanesa.

Ela declarou lealdade ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI). O FBI garante que o casal se radicalizou antes do massacre, considerado como um "ato de terrorismo" pelo governo.

O anúncio do adiamento da viagem a Israel coincidiu com a publicação de uma nova pesquisa em nível nacional.

Trump segue líder, desta vez com 35% dos votos entre os eleitores republicanos, seguido do senador Ted Cruz, com 16%, do neurocirurgião aposentado Ben Carson, com 13%, e pelo senador Marco Rubio, com 9%.

A pesquisa, divulgada pela emissora "CBS News" e pelo jornal "The New York Times", foi realizada entre os dias 4 e 8 de dezembro com 431 eleitores republicanos e tem margem de erro de 6%.

Ela foi realizada antes da polêmica proposta de Trump sobre os muçulmanos.

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