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Trudeau 'preocupado' por suspeitas de espionagem contra canadense na China

O primeiro-ministro canadense voltou a denunciar a "detenção arbitrária" de Kovrig e seu compatriota Michael Spavor

Primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau (Chris Wattie/Reuters)

Primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau (Chris Wattie/Reuters)

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AFP

Publicado em 4 de março de 2019 às 16h47.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, disse nesta segunda-feira (4) que está "muito preocupado" pelas suspeitas de espionagem que pesam na China sobre o ex-diplomata canadense Michael Kovrig, detido por Pequim após a prisão em Vancouver de uma executiva do gigante chinês de telecomunicações Huawei.

"Estamos muito preocupados pela postura adotada pela China", assinalou Trudeau à imprensa, consultado pela informação publicada pela mídia estatal chinesa de que as autoridades desse país consideram Kovrig suspeito de espionagem e roubo de segredos de Estado.

O primeiro-ministro canadense voltou a denunciar a "detenção arbitrária" de Kovrig e seu compatriota Michael Spavor, um consultor considerado uma das principais fontes de informação do ex-diplomata canadense, segundo a agência Xinhua, citando autoridades chinesas.

A China já havia indicado previamente que os dois canadenses eram suspeitos de colocar em perigo a segurança nacional. Se forem condenados por espionagem, ficarão expostos a elevadas penas de prisão.

Os dois homens foram detidos em dezembro, dias depois de o Canadá prender, a pedido dos Estados Unidos, a diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhu.

Na sexta-feira passada, o Departamento de Justiça canadense deu início oficialmente ao processo de extradição de Meng Wanzhou para os Estados Unidos.

Wanzhou, que foi presa em 1º de dezembro enquanto trocava de avião em Vancouver, enfrenta acusações criminais relacionadas a supostas violações de sanções contra o Irã. A empresa também é responsabilizada por roubar segredos comerciais do grupo de telecomunicações americano T-Mobile por meio de duas filiais.

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