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Tropas ucranianas e separatistas travam combates em Donetsk

Tropas do governo de Kiev e as milícias pró-russas vêm travando intensos combates nas localidades de Marinka e Karlovka, na Ucrânia

Rebeldes pró-Rússia: "há combates há mais de duas horas", disse testemunha (Shamil Zhumatov/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2014 às 14h43.

Kiev - As tropas do governo de Kiev e as milícias pró-russas vêm travando nesta terça-feira intensos combates nas localidades de Marinka e Karlovka, nas cercanias da cidade de Donetsk, capital da região de mesmo nome no sudeste da Ucrânia , segundo a agência local "Ostrov".

"Em Marinka, há combates há mais de duas horas", disse uma testemunha citada pela agência, que informou também sobre enfrentamentos armados em Karlovka.

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As duas localidades se encontram a cerca de 20 quilômetros ao leste de Donetsk, cidade de quase 1 milhão de habitantes, controlada pelos separatistas pró-russos há mais de dois meses.

"Esta manhã foi retomada a fase ativa da operação antiterrorista. Nossas forças armadas investem contra as bases e as fortificações dos terroristas", declarou hoje o presidente da Rada Suprema (Parlamento) da Ucrânia, Alexander Turchinov, ao abrir a sessão plenária do Legislativo.

Durante a madrugada, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, encerrou o cessar-fogo no confronto entre Kiev e os separatistas pró-Moscou no sudeste do país.

"Vamos avançar e vamos libertar nossa terra. A extraordinária oportunidade para dar vida ao plano de paz foi desperdiçada", disse o líder ucraniano em mensagem à nação.

Poroshenko atribuiu o fracasso da trégua às "ações criminosas" dos separatistas, que - acrescentou - "publicamente declararam sua vontade de não cumprir o plano de paz, em geral, e o cessar-fogo, em particular".

Segundo o chefe do Estado, "a direção política dos separatistas mostrou sua falta de vontade ou sua incapacidade para controlar suas unidades terroristas".

"As Forças Armadas, a Guarda Nacional, o Serviço de Guarda das Fronteiras e o Serviço de Segurança receberam as ordens pertinentes. Já não estão mais limitados para abrir fogo no cumprimento dos objetivos estabelecidos para conservar a integridade territorial", destacou.

O presidente ucraniano garantiu que a paz continua sendo seu objetivo e que "só mudam os instrumentos para sua consecução".

"O caminho rumo à paz é mais complexo do que gostaríamos. Não quero mascarar a realidade: não será fácil, nem simples", acrescentou.

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