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Tropas cercam cidade na 2ª fase da operação antiterrorista

Forças de segurança e as tropas de assalto da Ucrânia cercaram a cidade de Slaviansk, na segunda fase da operação antiterrorista lançada ontem


	Rebelde armado em Slaviansk, no leste da Ucrânia: "o objetivo é bloquear totalmente Slaviansk", disse o chefe da Administração presidencial da Ucrânia
 (Monika Kalinowska/Twitter)

Rebelde armado em Slaviansk, no leste da Ucrânia: "o objetivo é bloquear totalmente Slaviansk", disse o chefe da Administração presidencial da Ucrânia (Monika Kalinowska/Twitter)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2014 às 09h24.

Kiev - As forças de segurança e as tropas de assalto da Ucrânia cercaram nesta sexta-feira a cidade de Slaviansk, reduto das milícias pró-russas no sudeste do país, na segunda fase da "operação antiterrorista" lançada ontem.

"O objetivo é bloquear totalmente Slaviansk para localizar o problema. A operação está sendo realizada neste momento", anunciou em Kiev o chefe da Administração presidencial da Ucrânia, Sergei Pashinski, que ressaltou que a operação tem intenção de "de bloquear os terroristas e não permitir vítimas entre a população civil".

Por sua parte, o chefe do comando da "operação antiterrorista", o general Vasyl Krutov, garantiu que as forças ucranianas não vão atacar Slaviansk, com 120 mil habitantes, para evitar vítimas entre a população.

"Não queremos vítimas e nem atacar a cidade. Somos conscientes que isso poderia gerar muitas vítimas", disse Krutov em uma entrevista coletiva realizada na capital ucraniana.

Krutov, que também chefe do Centro Antiterrorista, integrado ao Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU, antiga KGB), ressaltou que a situação em Slaviansk se mostra como "um fenômeno extraordinário", ao se referir ao apoio da população local aos milicianos pró-russos e a sua resistência à "operação antiterrorista".

Neste aspecto, o general acrescentou que a responsabilidade pelos eventos no país recai sobre cada um dos cidadãos ucranianos e pediu à população local que coopere com as forças de segurança.

"Somos vossos defensores. Esses homens (soldados e policiais) se veem obrigados a estar no local para garantir a proteção de todos", declarou Krutov em direção aos moradores de Slaviansk.

Cinco milicianos morreram ontem em confrontos armados com tropas ucranianas nessa cidade, situada a 120 quilômetros de Donetsk e bastião da sublevação pró-russa que explodiu há três semanas no sudeste da Ucrânia.

Pelo menos duas colunas de carros blindados com soldados de elite ucranianos avançaram sobre a cidade e destruíram três dos postos de controle levantados pelos milicianos pró-russos nos acessos da cidade.

Pouco tempo depois da confirmação dessas ações, o ministro de Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, anunciou o início de manobras militares na fronteira com a Ucrânia e advertiu que "a maquinaria militar" desdobrada na cidade de Slaviansk deveria ser freada para evitar "uma grande quantidade de mortos e feridos".

"Somos obrigados a reagir perante o desenvolvimento da situação. A partir de hoje, iniciamos manobras de batalhões táticos (...) nas zonas fronteiriças com a Ucrânia", disse Shoigu.

Após o anúncio de Shoigu, o presidente interino da Ucrânia, Aleksandr Turchinov, exigiu que a Rússia recuasse suas tropas da fronteira com o país.

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