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Tribunal decide hoje destino de procuradora que desafiou Maduro

A procuradora chavista Luisa Ortega se tornou a voz mais dura contra o governo venezuelano, responsabilizando Maduro pela "ruptura da ordem constitucional"

Luisa Ortega: a procuradora chavista se rebelou contra o presidente Nicolás Maduro (Ivan Alvarado/Reuters)

Luisa Ortega: a procuradora chavista se rebelou contra o presidente Nicolás Maduro (Ivan Alvarado/Reuters)

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AFP

Publicado em 4 de julho de 2017 às 10h13.

A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega, uma chavista histórica que se rebelou contra o presidente Nicolás Maduro, deve comparecer nesta terça-feira (4) ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), o qual decidirá se abre um julgamento que possa levar à sua destituição.

O plenário do TSJ inicia a audiência às 10h locais (11h, no horário de Brasília). Nela, a mais alta instância jurídica do país determinará se Ortega incorreu em "falta grave".

Antes que Luisa tome a palavra para se defender, o deputado da base governista Pedro Carreño fará suas argumentações pela consideração de mérito - por parte do Supremo - de seu pedido contra a procuradora.

O político a acusa de "mentir" por ter afirmado que não aprovou a eleição de 33 magistrados feita em 2015 na legislatura anterior, de maioria chavista.

A audiência pode sofrer alterações, porque a procuradora recusou 17 magistrados. Antes da sessão, o TSJ deve emitir uma declaração sobre "temas de interesse nacional".

Apoiada pela oposição e por chavistas críticos a Maduro, Ortega se tornou a voz mais dura contra o presidente, responsabilizando-o pela "ruptura da ordem constitucional".

A denúncia foi feita pela procuradora após sentenças do TSJ que minaram o Poder Legislativo, hoje sob controle da oposição.

"Não descansarei até que a Venezuela retome o caminho das liberdades", prometeu essa advogada de 59 anos, em uma mensagem ao país na véspera da audiência.

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