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Três milhões de crianças sírias deixaram a escola

Confrontos sírios já mataram mais de 190 mil pessoas, forçaram cerca de três milhões a deixarem o país e deixaram outros seis milhões desabrigados dentro dele

Escola: conflito ameaça negar acesso à educação a uma geração inteira, diz ONG (Omar Sanadiki/Reuters)

Escola: conflito ameaça negar acesso à educação a uma geração inteira, diz ONG (Omar Sanadiki/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2014 às 16h33.

Beirute - Cerca de três milhões de crianças sírias deixaram de comparecer às escolas devido à guerra civil no país, afirmou a ONG britânica Save the Children em relatório publicado nesta quinta-feira.

Segundo a organização, o conflito sírio ameaça negar o acesso à educação a uma geração inteira.

Os confrontos sírios já mataram mais de 190 mil pessoas, forçaram cerca de três milhões a deixarem o país e deixaram outros seis milhões desabrigados dentro do país.

De acordo com a Save the Children, centenas de milhares de crianças desalojadas sofrem para ir a escola tanto na Síria como nos países onde se refugiaram.

Apenas metade dos 1,5 milhão de crianças refugiadas no país comparecem à escola regularmente, destacou o relatório, citando uma variedade de motivos, incluindo os preços altos da educação e a necessidade de que os menores de idade trabalhem para sustentar a família.

Países como o Egito exigem uma quantidade enorme de documentos oficiais para inscrever as crianças nas escolas, papéis que os pais desalojados não têm.

No Líbano, simplesmente não há espaço em muitos centros educativos, com o sistema de educação sobrecarregado pelo grande número de refugiados. Cerca de 80% das crianças sírias que moram no Líbano não têm acesso a escolas, afirma o relatório.

Dentro da Síria, o levantamento estima que 3,465 escolas, ou um quinto de todos os centros educacionais do país, estavam destruídas ou danificadas, ou sendo usadas para fins militares.

"É absolutamente vergonhoso que a obrigação de proteger as escolas não seja respeitada neste conflito, colocando em risco as vidas de crianças inocentes", disse o diretor regional da Save the Children, Roger Hearn.

Fonte: Associated Press.

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