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Três meses após eleito, Hollande perde apoio entre franceses

A crise econômica da França e Europa parece ter afetado a "lua de mel" entre o líder socialista e a população frances

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2012 às 18h36.

Paris - O nível de aprovação à gestão do presidente francês, François Hollande, caiu para 46 por cento três meses depois de ele ser eleito, disse neste sábado a pesquisa Ifop, sugerindo que a debilidade econômica pode encurtar a lua de mel do líder socialista francês com a população.

A pesquisa mostrou que Hollande chegou ao poder em 6 de maio com 52 por cento dos votos, mas não conseguiu a mesma performance do seu antecessor Nicolas Sarkozy, que viu sua popularidade subir para 65 por cento depois de ser eleito em 2007.

Hollande, no entanto, assumiu a presidência em meio a sombrias perspectivas econômicas, com desemprego mais alto em 13 anos e com expectativa de que a França entre em recessão neste ano.

A pesquisa da Ifop, divulgada pelo direitista Le Figaro, disse que 51 por cento dos entrevistados consideraram que a França estava mudando para pior, enquanto apenas 17 por cento estão convencidos de que o país estava melhorando.

Em 2007, após a eleição de Sarkozy, 45 por cento dos entrevistados disseram que a França estava se movendo em direção a um futuro melhor.

"Neste clima, considerado extremamente pessimista e com pouca margem de manobra, os níveis de confiança em torno de Hollande e seu governo estão abaixo de 50 por cento", disse Jerome Fourquet, do Ifop.

Hollande tem insistido que seu governo irá cumprir as metas de déficit de 4,6 por cento do PIB da França, que o obrigou a implementar um pacote de 7,2 bilhões de euros em aumentos de impostos, principalmente sobre os mais abastados e as grandes corporações.

No entanto, o levantamento indicou que 57 por cento dizem que Hollande estava cumprindo suas promessas de campanha. Sua decisão de cortar seu próprio salário e o de seu gabinete por quase um terço foi apoiada por 82 por cento dos eleitores.

Outros 67 por cento saudaram o anúncio de que a França irá cobrar impostos mais altos sobre dos mais ricos.

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