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Transparência Brasil: financiamento público colabora para caixa 2

Segundo o diretor da ONG, Claudio Abramo, a proibição do financiamento privado vai provocar um aumento do dinheiro recebido em campanha e não declarado

Claudio Abramo: "o que hoje é conhecido [no financiamento] de campanha vai ficar no caixa dois" (obvio171/Flickr)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2011 às 12h07.

Brasília - O diretor executivo da organização não governamental (ONG) Transparência Brasil, Claudio Abramo, disse hoje (23) que o financiamento público de campanha não é uma solução para o combate à corrupção. Ele acredita que a proibição do financiamento privado vai provocar um aumento do chamado caixa dois, que é o dinheiro recebido em campanha e não declarado.

O financiamento público exclusivo de campanhas é um dos pontos da reforma política em tramitação na Câmara. “Essa ideia é um tiro no pé. Isso vai fazer com que o caixa um se torne o caixa dois. O que hoje é conhecido [no financiamento] de campanha vai ficar no caixa dois. Se proibirem vai ficar no caixa dois”, ressaltou durante audiência pública no Senado sobre ações contra corrupção.

Ele também criticou a nomeação excessiva de cargos em comissão pelo Executivo. “Deveria ser feito um limite para a nomeação de cargos públicos. Essas pessoas não são funcionários públicos, elas são funcionárias dos partidos.”

O presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Maurício Azedo, discordou da posição de Abramo e afirmou que os partidos têm o direito de levar seus postos para cargos em comissão.

“Partido que ganha, independente de quantitativo, tem o direito de trazer para a administração os quadros que estão afinados com seu projeto político. Entendemos que os partidos tem de ser valorizados para construirmos uma democracia e uma forma de fazer isso é levá-los à gestão.”

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Brasília - O diretor executivo da organização não governamental (ONG) Transparência Brasil, Claudio Abramo, disse hoje (23) que o financiamento público de campanha não é uma solução para o combate à corrupção. Ele acredita que a proibição do financiamento privado vai provocar um aumento do chamado caixa dois, que é o dinheiro recebido em campanha e não declarado.

O financiamento público exclusivo de campanhas é um dos pontos da reforma política em tramitação na Câmara. “Essa ideia é um tiro no pé. Isso vai fazer com que o caixa um se torne o caixa dois. O que hoje é conhecido [no financiamento] de campanha vai ficar no caixa dois. Se proibirem vai ficar no caixa dois”, ressaltou durante audiência pública no Senado sobre ações contra corrupção.

Ele também criticou a nomeação excessiva de cargos em comissão pelo Executivo. “Deveria ser feito um limite para a nomeação de cargos públicos. Essas pessoas não são funcionários públicos, elas são funcionárias dos partidos.”

O presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Maurício Azedo, discordou da posição de Abramo e afirmou que os partidos têm o direito de levar seus postos para cargos em comissão.

“Partido que ganha, independente de quantitativo, tem o direito de trazer para a administração os quadros que estão afinados com seu projeto político. Entendemos que os partidos tem de ser valorizados para construirmos uma democracia e uma forma de fazer isso é levá-los à gestão.”

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