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Trabalhadores de maior mina de cobre do mundo aprovam greve no Chile

Eles rejeitaram a última oferta salarial da empresa controladora, a BHP; essa seria a segunda greve em pouco mais de um ano na mina no deserto de Atacama

La Escondida: no ano passado, trabalhadores fizeram a mais longa greve da história da mineração chilena (Ivan Alvarado/Reuters)
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AFP

Publicado em 2 de agosto de 2018 às 17h12.

Os trabalhadores da mina chilena Escondida, a maior produtora de cobre do mundo, aprovaram uma greve após rejeitarem a última oferta salarial da empresa controladora, a gigante BHP, informou o sindicato nesta quinta-feira (2).

Para 84% dos trabalhadores afiliados ao Sindicato N-1 - que agrupa a maioria dos operários da jazida - eles devem paralisar se a empresa não melhorar sua oferta.

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Essa seria a segunda greve em pouco mais de um ano nesta mina, situada 170 km ao sudeste de Antofagasta, em pleno deserto do Atacama, no norte do Chile, a 3.100 metros de altura.

No ano passado, os trabalhadores fizeram a mais longa greve da história da mineração chilena e, após 44 dias, voltaram a trabalhar sem conseguir dobrar a empresa, estendendo o acordo coletivo em vigor por mais 18 meses, conforme determina a lei.

"Esperamos que a partir deste desejo esmagador de rejeitar a oferta da empresa (...) seja entendida pela empresa a necessidade de abrir espaços para a construção de um acordo que reconheça nossos direitos", afirmou o sindicato, que representa 2.500 trabalhadores.

O sindicato exige um aumento salarial de 5%, um bônus de rescisão de conflitos de 4% dos dividendos recebidos pelos acionistas no ano passado (cerca de 34 mil dólares por trabalhador) e uma série de melhorias nos planos de saúde e educação.

A mais recente oferta da empresa passou de 13,5 milhões para 15 milhões de pesos chilenos (23 mil dólares) por fim de negociação para cada trabalhador da mina, além de um empréstimo sem juros e outros benefícios.

Após essa rejeição da oferta pelo sindicato, a empresa pode solicitar a mediação da Direção do Trabalho, que pode ser prorrogada por um período de 10 dias. Se não recorrerem a este passo, a greve já poderia começar na próxima semana, mas os trabalhadores poderiam usar brechas na lei e decidir prorrogar o acordo atual por mais 18 meses.

A última alternativa "poderia gerar uma deterioração ainda maior das relações de trabalho com a empresa", disse à AFP o analista Juan Carlos Guajardo, apontando que menos trabalhadores (2.330 de 2.500) votaram a favor da greve desta vez.

Por ora, a empresa não tinha comentado sobre a decisão sindical, mas na semana passada, o vice-presidente de assuntos corporativos da Escondida, Patricio Vilaplana, deixou claro que "não queremos uma greve".

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