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Tillerson diz que novo decreto migratório é vital para segurança

A nova versão segue proibindo a entrada de refugiados por 120 dias e suspende a emissão de vistos a cidadãos de Irã, Somália, Iêmen, Líbia, Síria e Sudão

Tillerson: o chefe da diplomacia americana destacou que as restrições são "temporárias" e que serão implementadas de "forma ordenada" (Brendan Smialowski/Pool/Reuters)

Tillerson: o chefe da diplomacia americana destacou que as restrições são "temporárias" e que serão implementadas de "forma ordenada" (Brendan Smialowski/Pool/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de março de 2017 às 16h45.

Washington - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, disse nesta segunda-feira que o novo decreto migratório assinado pelo presidente Donald Trump é vital para a segurança do país e pediu que os aliados americanos no mundo entendam que a medida é um "esforço temporário".

"A ordem executiva assinada pelo presidente para proteger o país da entrada de terroristas estrangeiros é uma medida vital para fortalecer nossa segurança nacional. Essa ordem executiva reforçará a segurança dos EUA e seus aliados", disse Tillerson em uma entrevista coletiva com os secretários de Justiça, Jeff Sessions, e de Segurança Nacional, John Kelly.

Trump assinou hoje uma nova versão de seu polêmico decreto. A nova segue proibindo a entrada de refugiados no país por 120 dias, além de suspender a emissão de vistos a cidadãos de Irã, Somália, Iêmen, Líbia, Síria e Sudão, todos de maioria muçulmana.

"Pedimos que nossos aliados e parceiros em todo o mundo que entendam que essa ordem faz parte de nossa tentativa de eliminar vulnerabilidades que os terroristas islâmicos radicais podem tentar explorar com fins destrutivos", disse Tillerson.

O chefe da diplomacia americana destacou que as restrições são "temporárias" e que serão implementadas de "forma ordenada". Além disso, em alguns casos, a entrada de certos refugiados pode ser permitida.

Tillerson justificou o fato de o novo veto não afetar o Iraque, que estava entre vetados no primeiro decreto, que acabou suspenso pela Justiça. Segundo o secretário de Estado, os governos dos dois países identificaram e vão implementar "medidas adicionais" de segurança para os iraquianos que queiram viajar aos EUA.

"O Iraque é um aliado importante na luta contra o Estado Islâmico. Quero expressar meu agradecimento ao primeiro-ministro Haidar al Abadi por seu diálogo positivo e apoio à implementação dessas medidas", indicou Tillerson.

Já Sessions ressaltou que qualquer país, assim como os EUA, tem o direito de controlar quem entra no seu território e manter do lado de for "os que queiram nos causar prejuízos".

O secretário de Justiça afirmou que três dos países citados no decreto são "Estado patrocinadores do terrorismo" e os outros três perderam o controle de seu território devido à ação de grupos como o próprio Estado Islâmico, a Al Qaeda e suas filiais.

Sessions se mostrou convencido da "legalidade" da nova ordem executiva, da mesma forma que reforçou o status legal da primeira, assinada em janeiro e suspensa quase imediatamente por um juiz federal, porque o decreto é "um ato apropriado do presidente".

"O Departamento de Justiça defenderá e aplicará as ordens do presidente que sejam coerentes com os princípios centrais de nossa Constituição, que dá ao presidente o poder para tomar decisões de segurança nacional e aplicar medidas de política migratória que julgue corretas", completou Sessions.

O secretário de Segurança Nacional disse a pasta comandada por ele irá implementar as medidas da maneira mais humana e respeitosa possível, mas também com rigor.

"Viajar sem regulações nem controles não é um privilégio universal, especialmente quando a segurança nacional está em jogo", destacou Kelly.

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