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Tillerson apoia manter sanções dos EUA contra a Rússia

Tillerson, ex-presidente da empresa de petróleo Exxon Mobil, se recusou de chamar o presidente Vladimir Putin de um criminoso de guerra

Tillerson: "Eu deixaria as coisas no status quo para que nós possamos comunicar que isso pode ir por um ou por outro caminho" (Jonathan Ernst/Reuters)
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Reuters

Publicado em 11 de janeiro de 2017 às 21h49.

Última atualização em 30 de março de 2017 às 10h49.

Washington - O escolhido pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump , para ser secretário de Estado, Rex Tillerson , afirmou nesta quarta-feira ser a favor de manter as atuais sanções norte-americanas contra a Rússia por agora e que aliados da Otan estavam certos em se mostrarem alarmados com a crescente agressividade de Moscou.

Contudo, o apoio de Tillerson por uma política mais forte em relação à Rússia do que Trump tem defendido foi amenizado pela sua recusa em se comprometer com a manutenção da ordem executiva do presidente Barack Obama que autoriza sanções adicionais contra Moscou por causa da interferência nas eleições presidenciais de 2016 nos EUA.

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Tillerson, ex-presidente e executivo-chefe da empresa de petróleo Exxon Mobil, que tinha extensos negócios com a Rússia, se recusou de chamar o presidente Vladimir Putin de um criminoso de guerra e manteve a porta aberta para possíveis mudanças na política de sanções dos EUA contra os russos, dizendo que não havia visto informações confidenciais sobre a interferência russa.

"Eu deixaria as coisas no status quo para que nós possamos comunicar que isso pode ir por um ou por outro caminho", declarou Tillerson durante a sessão de confirmação do Senado, interrompida esporadicamente por manifestantes contrários a sua nomeação.

Ele disse mais tarde: "Eu recomendaria manter o status quo até que possamos nos engajar com a Rússia e entender melhor quais são as suas intenções".

Tillerson afirmou em outros momentos da sessão que sanções norte-americanas prejudicavam negócios do país no exterior.

Algumas das respostas de Tillerson podem vir a tranquilizar republicanos céticos e democratas preocupados com que Trump, que assume o poder no dia 20, atue de acordo com o seu objetivo declarado de melhorar as relações com a Rússia, revogando todas, ou algumas, sanções contra Moscou.

Tillerson declarou que era uma "suposição justa" a possibilidade de Putin ter conhecimento sobre os esforços russos para interferir nas eleições norte-americanas.

Sobre outros temas polêmicos, Tillerson disse que recomendaria uma "revisão plena" do acordo nuclear com Irã firmado pelos EUA e outras potências mundiais, mas não defendeu uma rejeição total do acordo de 2015, pelo qual Teerã aceitou reduzir o seu programa nulcear em troca de alívio nas sanções econômicas.

Trump tem feito declarações contraditórias sobre o acordo nuclear e, num determinado momento, ameaçou desmantelá-lo.

Tillerson também foi questionado sobre mudanças climáticas, a resposta da China aos testes de mísseis norte-coreanos, e se ele seria capaz de decidir de forma imparcial após uma a longa carreira na Exxon Mobil.

Bob Corker, presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, disse esperar que o Senado controlado pelos republicanos confirme com folga Tillerson, de 64 anos.

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