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Theresa May, uma ministra enérgica para enfrentar Johnson

"Ela permaneceu discreta durante a campanha e pode, portanto, beneficiar-se de um apoio mais amplo dentro do Partido Conservador"

Theresa May: a ministra, de 59 anos, conhecida por sua postura eurocética, se pronunciou no fim a favor da UE (Peter Nicholls / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2016 às 10h10.

A ministra britânica do Interior, Theresa May, que ficou em segundo plano durante a campanha do referendo sobre a União Europeia (UE), é apontada como uma figura de consenso e a alternativa a Boris Johnson na luta pela sucessão do primeiro-ministro David Cameron .

"Ela permaneceu discreta durante a campanha e pode, portanto, beneficiar-se de um apoio mais amplo dentro do Partido Conservador para virar a candidata a deter Boris", disse à AFP David Cutts, professor de Ciências Políticas na Universidade de Bath.

Boris Johnson é o favorito dos simpatizantes do Brexit, mas, de acordo com Tim Oliver, da London School of Economics, o próximo primeiro-ministro "não tem obrigatoriamente que ser alguém envolvido na campanha do referendo".

Theresa May, de 59 anos, conhecida por sua postura eurocética, se pronunciou no fim a favor da UE, mas seu assessor político trabalhou para a campanha do Brexit.

"Isto estabelece vínculos políticos com eles e pode atrair o apoio de muitos conservadores eurocéticos", disse Oliver à AFP.

Sua participação na campanha foi peculiar.

"A UE está longe de ser perfeita, mas é do interesse nacional continuar como membro da UE", declarou em fevereiro, depois das reformas obtidas em Bruxelas por David Cameron.

Em abril se limitou a afirmar, durante seu único grande discurso de campanha, que sair da UE "não resolveria todos os problemas de imigração" do Reino Unido.

Filha de um reverendo anglicano, Theresa May reuniu uma equipe a seu redor e trabalha nos bastidores para conseguir o apoio dos parlamentares conservadores, segundo o jornal The Daily Telegraph.

"A nova Margaret Thatcher"

Sua postura de consenso levou o Sunday Times a apresentá-la, quatro dias antes do referendo, como "a única figura capaz de unir as alas rivais do Partido Conservador".

May, que com frequência é descrita como "a nova Margaret Thatcher", iniciou a carreira política em 1986, depois de estudar na Universidade de Oxford e trabalhar brevemente no Banco da Inglaterra.

Ela foi eleita vereadora do distrito londrino de Merton. Em 1997 se tornou deputada conservadora pelo distrito próspero de Maidenhead, em Berkshire (sul da Inglaterra).

De 2002 a 2003 foi a primeira mulher a ocupar o cargo de secretária-geral do Partido Conservador.

De 1999 a 2010 ocupou diversos cargos no gabinete paralelo conservador, quando o partido estava na oposição.

Com a eleição de David Cameron como primeiro-ministro em 2010, May foi designada ministra do Interior, cargo que mantém seis anos depois, consequência da vitória eleitoral conservadora no ano passado

O Daily Telegraph a descreve "como a mulher mais importante da política nacional, graças a uma determinação feroz e à recusa em reprimir seu gosto por sapatos com estampa de pele de leopardo", parte de um figurino sempre muito elegante.

Casada desde 1980 com Philip John May, um executivo do setor bancário, Theresa May não tem filhos, gosta de passeios e de cozinhar. Ela ganhou destaque no governo por sua linha implacável contra o crime.

É protestante praticante, mas já se manifestou a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

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A ministra britânica do Interior, Theresa May, que ficou em segundo plano durante a campanha do referendo sobre a União Europeia (UE), é apontada como uma figura de consenso e a alternativa a Boris Johnson na luta pela sucessão do primeiro-ministro David Cameron .

"Ela permaneceu discreta durante a campanha e pode, portanto, beneficiar-se de um apoio mais amplo dentro do Partido Conservador para virar a candidata a deter Boris", disse à AFP David Cutts, professor de Ciências Políticas na Universidade de Bath.

Boris Johnson é o favorito dos simpatizantes do Brexit, mas, de acordo com Tim Oliver, da London School of Economics, o próximo primeiro-ministro "não tem obrigatoriamente que ser alguém envolvido na campanha do referendo".

Theresa May, de 59 anos, conhecida por sua postura eurocética, se pronunciou no fim a favor da UE, mas seu assessor político trabalhou para a campanha do Brexit.

"Isto estabelece vínculos políticos com eles e pode atrair o apoio de muitos conservadores eurocéticos", disse Oliver à AFP.

Sua participação na campanha foi peculiar.

"A UE está longe de ser perfeita, mas é do interesse nacional continuar como membro da UE", declarou em fevereiro, depois das reformas obtidas em Bruxelas por David Cameron.

Em abril se limitou a afirmar, durante seu único grande discurso de campanha, que sair da UE "não resolveria todos os problemas de imigração" do Reino Unido.

Filha de um reverendo anglicano, Theresa May reuniu uma equipe a seu redor e trabalha nos bastidores para conseguir o apoio dos parlamentares conservadores, segundo o jornal The Daily Telegraph.

"A nova Margaret Thatcher"

Sua postura de consenso levou o Sunday Times a apresentá-la, quatro dias antes do referendo, como "a única figura capaz de unir as alas rivais do Partido Conservador".

May, que com frequência é descrita como "a nova Margaret Thatcher", iniciou a carreira política em 1986, depois de estudar na Universidade de Oxford e trabalhar brevemente no Banco da Inglaterra.

Ela foi eleita vereadora do distrito londrino de Merton. Em 1997 se tornou deputada conservadora pelo distrito próspero de Maidenhead, em Berkshire (sul da Inglaterra).

De 2002 a 2003 foi a primeira mulher a ocupar o cargo de secretária-geral do Partido Conservador.

De 1999 a 2010 ocupou diversos cargos no gabinete paralelo conservador, quando o partido estava na oposição.

Com a eleição de David Cameron como primeiro-ministro em 2010, May foi designada ministra do Interior, cargo que mantém seis anos depois, consequência da vitória eleitoral conservadora no ano passado

O Daily Telegraph a descreve "como a mulher mais importante da política nacional, graças a uma determinação feroz e à recusa em reprimir seu gosto por sapatos com estampa de pele de leopardo", parte de um figurino sempre muito elegante.

Casada desde 1980 com Philip John May, um executivo do setor bancário, Theresa May não tem filhos, gosta de passeios e de cozinhar. Ela ganhou destaque no governo por sua linha implacável contra o crime.

É protestante praticante, mas já se manifestou a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

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