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Credibilidade de May à frente do Brexit enfrenta teste de fogo

ÀS SETE - As confusões sobre o Brexit não param – e, agora, a União Europeia passou a cobrar um posicionamento pessoal de Theresa May

Theresa May: a autoridade da premiê começa a ser questionada (Franco Origlia/Getty Images)

Theresa May: a autoridade da premiê começa a ser questionada (Franco Origlia/Getty Images)

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EXAME Hoje

Publicado em 4 de outubro de 2017 às 06h27.

Última atualização em 4 de outubro de 2017 às 08h40.

As confusões sobre o Brexit não param – e, agora, a União Europeia passou a cobrar um posicionamento pessoal da primeira-ministra britânica, Theresa May. A falta de consenso dentro do próprio governo britânico sobre os termos de saída do bloco, que gira basicamente em torno de o quanto o Reino Unido vai pagar pelos prejuízos que deixam aos europeus, tem irritado os negociadores, que não conseguem avançar nas conversas.

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Nesta quarta-feira, a primeira-ministra Theresa May fará um discurso de encerramento da conferência anual do Partido Conservador, em Manchester, e as exigências são para que ela apresente uma definição sobre o Brexit. Dentro do próprio partido, o clima é de frustração. A autoridade de May começa a ser questionada, e a falta de habilidade dela para unir o partido tem feito deputados duvidarem de sua competência para tocar o processo.

O clima dentro do partido está tão complicado que já há pedidos para que May demita seu ministro de Relações Exteriores, Boris Johnson, visto como um dos principais empecilhos ao avanço das negociações (e constante fonte de embaraços públicos e diplomáticos, como quando recitou o poema de um poema de dominação colonial ao visitar um tempo no Mianmar há poucos dias). Ele é um defensor de um Brexit duro, com poucas concessões aos europeus e com um rompimento brusco de relações.

O principal ponto da União Europeia é que os 27 estados-membros já deixaram claro que não vão pagar a conta do Reino Unido do orçamento que foi fechado até 2020 – as propostas de pagamento variam de 20 bilhões de euros até mais de 100 bilhões de euros. Já ficou claro que as negociações não vão avançar sobre outros pontos enquanto essa conta não for acertada. May tem hoje mais uma chance de desatar o nó.

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