The Economist diz que a burocrata Dilma é favorita
Publicação britânica afirma que, "no papel", Serra deveria ser capaz de vencer "sem esforço" por causa do currículo
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.
São Paulo - A nova edição da revista The Economist, que chega às bancas nesta quinta-feira (12), traz uma reportagem sobre as recentes pesquisas eleitorais que apontam a liderança da candidata do PT, Dilma Rousseff.
A publicação britânica diz que o candidato do PSDB, José Serra, deveria, "no papel", ser capaz de vencer a petista "sem eforço" por causa do currículo, que inclui Senado, ministérios, governo e prefeitura de São Paulo. "Dilma é uma neófita na política; uma conselheira e burocrata quase desconhecida há alguns anos e que nunca disputou - e muito menos venceu - uma eleição", diz a revista.
"O problema do tucano não é de apresentação - embora Serra pareça sempre aborrecido exceto quando sorri. Dilma não é carismática e tem o defeito de levar 30 minutos para responder perguntas de uma linha."
A reportagem cita a luta de Serra para chegar ao segundo turno, evitando uma vitória de Dilma no primeiro turno. "No Brasil, há sempre a possibilidade de um escândalo ou de um erro". Lula é apresentado como o grande responsável pelo sucesso da campanha petista, pois goza de uma grande popularidade.
Sobre o primeiro debate na televisão, realizado na semana passada na Rede Bandeirantes, a Economist avaliou que Serra teve um desempenho melhor, mas a audiência do programa foi pequena por causa do jogo da Copa Libertadores.
A publicação britânica diz que os tucanos buscam um caminho na campanha que garanta a continuidade de programas sociais, como o Bolsa Família, sem criticar ou mencionar o nome do presidente Lula.
O início do horário gratuito no rádio e na televisão na semana que vem é outro ponto a favor de Dilma, segundo a revista, pois será possível utilizar um tempo maior (Dilma terá três minutos a mais do que Serra) para associar a imagem dela à de Lula. "Essa vantagem pode acabar sendo decisiva", conclui a Economist.