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Testemunha acusa réu do caso Trayvon Martin de abuso sexual

A mulher, identificada como "testemunha 9", contou aos investigadores do polêmico caso que tinha seis anos de idade quando Zimmerman começou os abusos

George Zimmerman: o advogado de Zimmerman, Mark O'Mara, apresentou uma ordem à corte para que esse material não viesse a público (©AFP/Getty Images/File / Roberto Gonzalez)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2012 às 17h20.

Miami - Uma mulher declarou às autoridades americanas que George Zimmerman, o homem acusado pelo homicídio do jovem negro desarmado Trayvon Martin, abusou sexualmente dela durante 10 anos, indicam registros divulgados nesta segunda-feira pela Promotoria da Flórida.

A mulher, identificada como "testemunha 9", contou aos investigadores do polêmico caso que tinha seis anos de idade quando Zimmerman começou os abusos , que continuaram até seus 16 anos.

"Ele colocava as mãos por dentro da minha calça, por baixo da minha roupa íntima", descreveu a testemunha, segundo uma nova série de documentos, entre os quais se encontram centenas de chamadas telefônicas de Zimmerman desde a prisão.

O advogado de Zimmerman, Mark O'Mara, apresentou uma ordem à corte para que esse material não viesse a público, mas, por trâmites administrativos, sua petição não chegou a tempo e a promotoria divulgou para a mídia uma série de provas que prejudicam a imagem de seu cliente.

Em um depoimento dado há várias semanas, a "testemunha 9" disse à polícia de Sanford, centro da Flórida, onde ocorreu o assassinato de Trayvon Martin, que Zimmerman sempre teve preconceito contra os negros.

A família do acusado, de origem peruana, "não gosta de gente negra que não age como gente branca. Gostam dos negros que agem como brancos", afirmou, ainda que também tenha indicado nunca ter visto Zimmerman agindo com hostilidade em relação a nenhum membro da comunidade afroamericana.


A divulgação deste depoimento coincidiu com a publicação de uma pesquisa na Flórida (sudeste dos Estados Unidos) que mostra existir grande dúvida em relação aos motivos para o polêmico assassinato de Trayvon Martin por Zimmerman, em 26 de fevereiro deste ano.

Segundo a pesquisa dos jornais Tampa Bay e The Miami Herald, 44% dos entrevistados acreditam que Zimmerman - acusado por assassinato em segundo grau - atuou em legítima defesa quando atirou contra o jovem negro, pois teria sido atacado primeiro.

No entanto, outros 40% defendem o contrário, e 16% têm dúvidas sobre os motivos do vigilante.

Na Flórida, os últimos debates giram em torno de uma lei chamada Defenda sua Posição, que dá aos cidadãos do estado o direito de disparar contra qualquer pessoa percebida como uma ameaça à sua segurança em lugar público. Uma comissão estuda modificar a lei depois da morte de Trayvon Martin.

No sul do estado, a maioria dos negros (82%) votou pela modificação da lei, e não justificam o disparo de Zimmerman.

Os hispânicos, contudo, tendem a apoiar (52%) o argumento de Zimmerman de que atuou em defesa própria, seguidos pelos brancos (50%).

A pesquisa, que consultou 800 pessoas, também mostrou que a controversa lei, na qual Zimmerman se apoia, conta com quase 65% do apoio dos entrevistados, que consideram que ela não deve ser mudada.

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Miami - Uma mulher declarou às autoridades americanas que George Zimmerman, o homem acusado pelo homicídio do jovem negro desarmado Trayvon Martin, abusou sexualmente dela durante 10 anos, indicam registros divulgados nesta segunda-feira pela Promotoria da Flórida.

A mulher, identificada como "testemunha 9", contou aos investigadores do polêmico caso que tinha seis anos de idade quando Zimmerman começou os abusos , que continuaram até seus 16 anos.

"Ele colocava as mãos por dentro da minha calça, por baixo da minha roupa íntima", descreveu a testemunha, segundo uma nova série de documentos, entre os quais se encontram centenas de chamadas telefônicas de Zimmerman desde a prisão.

O advogado de Zimmerman, Mark O'Mara, apresentou uma ordem à corte para que esse material não viesse a público, mas, por trâmites administrativos, sua petição não chegou a tempo e a promotoria divulgou para a mídia uma série de provas que prejudicam a imagem de seu cliente.

Em um depoimento dado há várias semanas, a "testemunha 9" disse à polícia de Sanford, centro da Flórida, onde ocorreu o assassinato de Trayvon Martin, que Zimmerman sempre teve preconceito contra os negros.

A família do acusado, de origem peruana, "não gosta de gente negra que não age como gente branca. Gostam dos negros que agem como brancos", afirmou, ainda que também tenha indicado nunca ter visto Zimmerman agindo com hostilidade em relação a nenhum membro da comunidade afroamericana.


A divulgação deste depoimento coincidiu com a publicação de uma pesquisa na Flórida (sudeste dos Estados Unidos) que mostra existir grande dúvida em relação aos motivos para o polêmico assassinato de Trayvon Martin por Zimmerman, em 26 de fevereiro deste ano.

Segundo a pesquisa dos jornais Tampa Bay e The Miami Herald, 44% dos entrevistados acreditam que Zimmerman - acusado por assassinato em segundo grau - atuou em legítima defesa quando atirou contra o jovem negro, pois teria sido atacado primeiro.

No entanto, outros 40% defendem o contrário, e 16% têm dúvidas sobre os motivos do vigilante.

Na Flórida, os últimos debates giram em torno de uma lei chamada Defenda sua Posição, que dá aos cidadãos do estado o direito de disparar contra qualquer pessoa percebida como uma ameaça à sua segurança em lugar público. Uma comissão estuda modificar a lei depois da morte de Trayvon Martin.

No sul do estado, a maioria dos negros (82%) votou pela modificação da lei, e não justificam o disparo de Zimmerman.

Os hispânicos, contudo, tendem a apoiar (52%) o argumento de Zimmerman de que atuou em defesa própria, seguidos pelos brancos (50%).

A pesquisa, que consultou 800 pessoas, também mostrou que a controversa lei, na qual Zimmerman se apoia, conta com quase 65% do apoio dos entrevistados, que consideram que ela não deve ser mudada.

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