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Terremoto no Japão: provavelmente mais de 1.000 mortos

Agência de notícias Kyodo aponta número três vezes maior do que o confirmado oficialmente

O céu da cidade de Ichihara ficou tomado por uma nuvem negra devido ao incêndio em uma refinaria (Toshifumi Kitamura/AFP)

O céu da cidade de Ichihara ficou tomado por uma nuvem negra devido ao incêndio em uma refinaria (Toshifumi Kitamura/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2011 às 15h11.

Tóquio - Mais de mil pessoas podem ter morrido devido ao forte terremoto que atingiu o leste do Japão nesta sexta-feira e provocou um tsunami que levou pela frente centenas de imóveis e veículos, informou a agência "Kyodo", órgão oficial do governo japonês.

O Ministério da Defesa disse que cerca de 1.800 casas na província de Fukushima foram destruídas, por isso o número final de mortos pode passar de mil, segundo a "Kyodo".

Por enquanto, a apuração oficial fala de 133 mortos e 531 desaparecidos pelo terremoto, enquanto as autoridades da cidade de Sendai dizem que pode haver entre 200 e 300 vítimas do tsunami que devastou essa região litorânea.

O Governo enviou cerca de 8 mil militares às áreas afetadas para os trabalhos de resgate, além de uma equipe às imediações da usina nuclear de Fukushima, cujo sistema de ventilação foi danificado pelo terremoto.

Segundo a operadora Tokyo Electric Power, o nível de radiação e de pressão está aumentando em um dos edifícios que abriga a turbina de um dos reatores nucleares.

Nos arredores da instalação nuclear foram evacuados cerca de 3 mil moradores, enquanto em Tóquio o porta-voz do Governo, Yukio Edano, assegurou que a situação no local está sob controle.

O porta-voz também advertiu que o número de vítimas pode ser "extremamente alto" e pediu aos cidadãos que se mantenham em alerta para as inúmeras réplicas do terremoto, que até o momento já ultrapassaram as 60, algumas delas próximas aos 7 graus Richter.

O Ministério da Defesa organizou uma força conjunta com os militares dos EUA desdobrados no Japão para realizar de forma coordenada os trabalhos de resgate, para os quais já preparou 300 aviões e 40 navios.

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