Mundo

Termina o prazo dado para que Mugabe renuncie no Zimbábue

União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Patriótica (ZANU-PF) fixou como limite do seu ultimato às 12h (horário local, 8h de Brasília)

Robert Mugabe: atual crise política no Zimbábue começou quando os militares tomaram o controle do país na noite entre terça e quarta-feira (Philimon Bulawayo/Reuters)

Robert Mugabe: atual crise política no Zimbábue começou quando os militares tomaram o controle do país na noite entre terça e quarta-feira (Philimon Bulawayo/Reuters)

E

EFE

Publicado em 20 de novembro de 2017 às 09h18.

Harare, Zimbábue- O prazo dado ao presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, pelo seu próprio partido, para que renuncie sob a ameaça de submetê-lo a uma moção de censura parlamentar, terminou nesta segunda-feira sem notícias de nenhuma das duas partes.

A União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Patriótica (ZANU-PF) fixou como limite do seu ultimato às 12h (horário local, 8h de Brasília), em sua mensagem à nação de ontem à noite, mas Mugabe não cedeu perante a pressão e permanece como presidente.

O prazo concluiu sem novidades sobre os próximos passos a serem dados por nenhum dos dois lados, embora esteja previsto que o parlamento se reúna amanhã para estudar uma possível moção de censura.

A atual crise política no Zimbábue começou quando os militares tomaram o controle do país na noite entre terça e quarta-feira.

Em mensagem transmitida naquela madrugada na emissora de televisão nacional, os militares explicaram que não se tratava de um golpe contra o presidente, mas de uma operação contra "criminosos" do seu entorno.

O estopim deste levante foi a destituição do vice-presidente, Emmerson Mnangagwa, um veterano de guerra contra quem se tinha oposto publicamente a primeira-dama, Grace Mugabe, com reiterados ataques verbais.

Mnangagwa foi nomeado ontem como novo líder da ZANU-PF em reunião do Comitê Central do partido na qual não só se destituiu Mugabe da liderança da legenda, mas também se expulsou a esposa do presidente e seus aliados, entre eles vários ministros detidos pelos militares.

Enquanto isso, o presidente continua mantido sob prisão domiciliar pelos militares.

Acompanhe tudo sobre:GovernoPolíticaZimbábue

Mais de Mundo

Legisladores democratas aumentam pressão para que Biden desista da reeleição

Entenda como seria o processo para substituir Joe Biden como candidato democrata

Chefe de campanha admite que Biden perdeu apoio, mas que continuará na disputa eleitoral

Biden anuncia que retomará seus eventos de campanha na próxima semana

Mais na Exame