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Tepco planeja reativar sistema para descontaminar Fukushima

O sistema já deveria estar ativado há 10 dias, para descontaminar mais de 110 mil toneladas de água radioativa

Um funcionamento estável deste dispositivo significaria um grande passo no plano da Tepco de reduzir a temperatura dos reatores danificados (Wikimedia Commons)

Um funcionamento estável deste dispositivo significaria um grande passo no plano da Tepco de reduzir a temperatura dos reatores danificados (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2013 às 20h05.

Tóquio - A Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da usina nuclear de Fukushima, planeja colocar em andamento nesta segunda-feira um sistema crucial para descontaminar as mais de 110 mil toneladas de água radioativa que se acumulam na central, após vários atrasos causados por problemas técnicos.

Era para o sistema ter sido ativado há dez dias, mas um problema com um dos dispositivos responsáveis por absorver substâncias radioativas obrigou a paralisá-lo apenas cinco horas após entrar em funcionamento.

No entanto, a Tepco disse ter solucionado esse problema graças a uma mudança no material absorvente, por isso espera que ainda nesta segunda-feira a água possa começar a ser tratada corretamente, informou a emissora de televisão pública japonesa "NHK".

Nas provas prévias ao início do processo, o sistema, que conta com tecnologia da empresa francesa Areva e da americana Kurion, conseguiu descontaminar cerca de 600 toneladas de água, que serão utilizadas nesta mesma segunda-feira para esfriar os reatores.

O dispositivo, segundo a Tepco, conseguiu diminuir em 100 mil vezes o nível de césio-134 e césio-137, atingindo assim a meta de reduzir a contaminação para o nível de 100 becquerels por centímetro cúbico.

Um funcionamento estável deste dispositivo significaria um grande passo no plano da Tepco de reduzir a temperatura dos reatores danificados até janeiro de 2012, pois o sistema em funcionamento permitiria à empresa reutilizar a água que inunda a usina para resfriá-los, sem a necessidade de se injetar novo líquido.

A água altamente contaminada que se acumula em Fukushima é um dos grandes problemas enfrentados pelos técnicos da central, que trabalham dia e noite para tentar controlar a temperatura das unidades danificadas pelo terremoto e posterior tsunami do dia 11 de março passado.

O volume de água cresce diariamente por causa das contínuas injeções nos reatores, necessárias para tentar controlar a temperatura e conter as emissões de radioatividade. Teme-se que as chuvas de verão (local) agravem a situação.

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