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Tensão em Jerusalém após visita de deputada israelense

Visitas de políticos ultranacionalistas à Esplanada das Mesquitas, como da deputada Shuli Moalem-Refaeli, aumentaram as tensões em Jerusalém


	Esplanada das Mesquitas: deputada foi abordada por uma mulher palestina, que foi presa
 (David Silverman/Getty Images)

Esplanada das Mesquitas: deputada foi abordada por uma mulher palestina, que foi presa (David Silverman/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2014 às 11h56.

Jerusalém - As visitas de políticos ultranacionalistas israelenses à Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, continuaram nesta segunda-feira, e os palestinos denunciaram que as restrições de acesso ao local para eles permanecem.

A visita da parlamentar do partido religioso "Lar Judeu" Shuli Moalem-Refaeli aumentou a tensão novamente. A deputada foi abordada por uma mulher palestina, que foi presa pela polícia israelense.

"Uma mulher se aproximou de Shuli Moalem e foi detida", informou à Agência Efe o porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld. Segundo ele, a situação, apesar de "tensa", deverá se "acalmar" agora. Rosenfeld ressaltou que mais de 700 turistas visitaram o local durante o dia de hoje.

De acordo com a polícia, nas últimas semanas 115 pessoas foram detidas por incidentes relacionados à Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar mais sagrado para o islamismo e onde os judeus situam o Segundo Templo, destruído dois mil anos atrás pelos romanos.

"Os detidos estavam envolvidos em distúrbios. A polícia patrulha diferentes áreas para prevenir esta situação, com foco especial na Cidade Antiga", afirmou Rosenfeld.

Várias entradas de acesso à Esplanada permaneceram fechadas durante o dia e os palestinos menores de 40 anos foram impedidos de entrar no local, informou a agência "Maan".

A Esplanada das Mesquitas ou Monte do Templo -como é conhecido no judaísmo- é o foco dos enfrentamentos que ocorrem em Jerusalém e que vem aumentando desde junho, após o assassinato de três jovens judeus e um adolescente palestino, e o posterior conflito bélico em Gaza.

Ontem, a Esplanada foi reaberta aos visitantes judeus após quatro dias de acesso restringido, determinado após um palestino tentar assassinar o rabino Yehuda Glick, que luta por mudar o status quo do lugar e permitir que os judeus o recuperem como lugar de oração.

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