Imagem de satélite de tempestade tropical (AFP)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2015 às 22h58.
San Juan - Além de causar a morte de pelo menos 31 pessoas, a passagem da tempestade tropical Erika pela ilha caribenha de Dominica destruiu grande parte das infraestruturas básicas e arrasou com metade do Produto Interno Bruto (PIB).
As informações foram divulgadas nesta quinta-feira pelo primeiro-ministro de Dominica, Roosevelt Skerrit, após ter percorrido diversas regiões da ilha, que tem 72 mil habitantes.
Parte da equipe de governo deu detalhes sobre a destruição provocada pela tempestade tropical Erika em entrevista coletiva transmitida ao vivo pela internet.
Segundo as autoridades de Dominica, a reconstrução das infraestruturas básicas, em grande parte estradas e pontes, vai exigir um investimento de US$ 226 milhões. Há também importantes danos registrados na rede elétrica, no fornecimento de água encanada e nas redes de comunicações.
Já a retirada de escombros de toda a ilha custaria US$ 4 milhões. As reformas dos dois aeroportos de Dominica precisam de US$ 14 milhões para serem executadas. Outras 370 casas, a maioria na região sul, ficaram destruídas, segundo o governo local.
Uma equipe do Banco Mundial está realizando as próprias estimativas de destruição na ilha, assim como o Ministério da Agricultura de Dominica, que deve divulgar as perdas no setor nos próximos dias.
A tempestade passou por Dominica no último dia 27 de agosto, provocando a morte de pelo menos 31 pessoas, apesar de ainda haver outros 35 desaparecidos, entre eles dois franceses. Por isso, as autoridades decretaram dois dias de luto.
Segundo a Agência de Gestão de Emergências e Desastres do Caribe (Cdema, na sigla em inglês), 575 pessoas ficaram sem suas casas por causa da tempestade Erika, em grande parte devido aos deslizamentos de terra na ilha, que está recebendo ajuda dos Estados Unidos, do Reino Unido e de outros países vizinhos.
As autoridades locais agradeceram a ajuda internacional e pediram mais recursos, já que, afirmaram, "é praticamente preciso reconstruir o país, que retrocedeu 20 anos quanto ao desenvolvimento de infraestruturas".