Mundo

"Tempestade da ômicron" atingirá os EUA em janeiro, dizem especialistas

Pelo segundo dia seguido, o país registrou recorde de novos casos, com mais de 290.000 infecções nas últimas 24 horas

Coronavírus: 825.663 pessoas morreram nos Estados Unidos (Cheney Orr/Reuters)

Coronavírus: 825.663 pessoas morreram nos Estados Unidos (Cheney Orr/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 30 de dezembro de 2021 às 16h50.

Última atualização em 30 de dezembro de 2021 às 17h30.

Especialistas da área de saúde dos Estados Unidos alertaram os americanos, nesta quinta-feira, que a onda crescente de casos de covid-19 causada pela variante ômicron ameaça provocar grandes perturbações à sua vida, das escolas ao comércio, e pediram que eles se preparem para um mês desafiador.

O que dizem as últimas pesquisas científicas mais importantes? Descubra assinando a EXAME.

Pelo segundo dia seguido, os Estados Unidos registraram um recorde de novos casos, com base na média móvel de sete dias, com mais de 290.000 novas infecções relatadas por dia, mostrou uma contagem da Reuters.

Pelo menos 18 estados e Porto Rico bateram recordes de novos casos, segundo a contagem. Maryland, Ohio e Washington D.C. também registraram recordes de internações, e as hospitalizações em geral nos EUA por covid-19 subiram 27%.

O surto chega em meio a mais viagens por causa das festas de fim de ano, com as comemorações de Ano-Novo ainda pela frente, e com as escolas precisando lidar com o retorno dos alunos às salas de aula após a pausa de inverno.

"Veremos a quantidade de casos neste país crescer tão dramaticamente que teremos dificuldade para manter a vida cotidiana em operação", afirmou o médico Michael Osterholm, especialista em doenças infecciosas da Universidade de Minnesota, à MSNBC.

"O próximo mês será uma tempestade viral", disse. "Toda a sociedade será pressionada por ela".

O médico Anthony Fauci, principal autoridade em doenças infecciosas do país, disse na quarta-feira que os casos provavelmente crescerão até o fim de janeiro. Ele e outras autoridades sanitárias dos EUA disseram que os primeiros dados mostram que a ômicron parece menos severa, mas os especialistas continuam a incentivar vacinas, máscaras e distanciamento social.

Com escassez de testes e alta nos novos casos, especialistas alertam que o surto pode deixar hospitais, serviços de emergência, escolas e comércios, entre outros, de cabeça para baixo nas próximas semanas.

"Temos de ser muito cuidadosos em não minimizar demais a ômicron", disse o médico Peter Hoetz, especialista em doenças infecciosas da Faculdade Baylor de Medicina, à CNN americana.

O aumento de internações, com os funcionários de saúde afastados por causa de seus próprios casos de covid-19, também é preocupante, porque há poucos tratamento eficientes, disse Hoetz. “Estamos diante de um período muito sério”.

Até agora, 825.663 pessoas morreram nos Estados Unidos de covid-19 desde o começo de 2020, mostraram dados, com a mais recente onda de internações impulsionada pelos não vacinados.

O presidente Joe Biden apresentou este mês novos planos para combater a onda provocada pela ômicron, incluindo reforços federais para hospitais e mais testes. Mas alguns especialistas disseram que era pouco e tarde demais.

Até agora, no entanto, a economia parece estável, embora alguns economistas expressem cautela.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusEstados Unidos (EUA)Pandemia

Mais de Mundo

Deixem o canal': panamenhos protestam contra Trump em frente à embaixada dos EUA

Congresso do Peru investiga escândalo por suposta rede de prostituição internacional

Torre Eiffel é evacuada devido a incêndio e curto-circuito em sistema de elevadores; veja vídeo

Novas autoridades sírias anunciam acordo para dissolução dos grupos armados