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Telefonema revela que capitão abandonou navio naufragado

Francesco Schettino, de 52 anos, deixou o Costa Concordia antes da retirada de todos os passageiros

Capitão teria recebido ordens para retornar, mas não voltou para a embarcação (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2012 às 06h52.

Roma - Um telefonema entre o capitão do cruzeiro 'Costa Concordia', que naufragou na sexta-feira em águas na Itália , e a Capitania dos Portos publicado nesta terça-feira na imprensa italiana confirma que ele deixou o navio antes da retirada de todos os passageiros e não voltou apesar de ter recebido ordem para retornar.

A imprensa italiana transcreve nesta terça trechos da conversa entre o capitão Francesco Schettino, de 52 anos, e a Capitania dos Portos que revelam que ocultou o motivo do naufrágio.

Às 21h54 (18h54 de Brasília), com o navio já encalhado em frente à ilha de Giglio, no centro da Itália, o capitão garantiu que tudo estava bem e enfrentava apenas um problema técnico.

Segundo o 'Corriere della Sera', a Capitania perguntou a Schettino às 0h32 (21h32 de Brasília) quantas pessoas ainda restavam a bordo. Embora a embarcação estivesse cheia, o comandante respondeu que apenas entre 200 e 300.

A resposta fez levantar suspeitas à Capitania que perguntou se ele ainda estava a bordo e Schettino confessou que o navio estava inclinando e ele havia deixado o barco.

'Mas como que abandonou a nave?', perguntaram a partir da Capitania.

Mesmo que o capitão tenha se retratado dizendo que não tinha abandonado o cruzeiro, a partir da Capitania ninguém conseguiu encontrá-lo.

'Volte imediatamente a bordo, suba pela escada de segurança e coordene a evacuação. Deve nos dizer quantas pessoas há lá dentro: crianças, mulheres, passageiros, o número exato de cada categoria', acrescentaram.

'Comandante, é uma ordem, agora comando eu. Anteriormente o senhor declarou que havia abandonado o navio, volte à proa e coordene o resgate porque há mortos', exigiram.

Conforme os investigadores, Schettino que estava em terra firme e não retornou ao transatlântico perguntou quantos corpos havia.

'É o senhor quem tem de me dizer quantos. O que quer fazer? Ir para sua casa? Volte imediatamente e nos diga o que é preciso fazer, quantas pessoas restam e o que necessitam', ordenaram a partir da Capitania.

O comandante garantiu que voltaria, mas testemunhas e investigadores que cuidam do caso, afirmam que ele não voltou e o viram pegar um táxi em direção a um hotel.

Como informou a empresa dona do transatlântico, a Costa Cruzeiros, o naufrágio foi causado por um 'erro humano' do capitão que aproximou a embarcação até 150 metros do litoral dessa pequena ilha do mar Tirreno. A manobra acabou levando o barco para as rochas.

Até o momento seis corpos foram resgatados. As equipes ainda procuram 29 desaparecidos. EFE

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Roma - Um telefonema entre o capitão do cruzeiro 'Costa Concordia', que naufragou na sexta-feira em águas na Itália , e a Capitania dos Portos publicado nesta terça-feira na imprensa italiana confirma que ele deixou o navio antes da retirada de todos os passageiros e não voltou apesar de ter recebido ordem para retornar.

A imprensa italiana transcreve nesta terça trechos da conversa entre o capitão Francesco Schettino, de 52 anos, e a Capitania dos Portos que revelam que ocultou o motivo do naufrágio.

Às 21h54 (18h54 de Brasília), com o navio já encalhado em frente à ilha de Giglio, no centro da Itália, o capitão garantiu que tudo estava bem e enfrentava apenas um problema técnico.

Segundo o 'Corriere della Sera', a Capitania perguntou a Schettino às 0h32 (21h32 de Brasília) quantas pessoas ainda restavam a bordo. Embora a embarcação estivesse cheia, o comandante respondeu que apenas entre 200 e 300.

A resposta fez levantar suspeitas à Capitania que perguntou se ele ainda estava a bordo e Schettino confessou que o navio estava inclinando e ele havia deixado o barco.

'Mas como que abandonou a nave?', perguntaram a partir da Capitania.

Mesmo que o capitão tenha se retratado dizendo que não tinha abandonado o cruzeiro, a partir da Capitania ninguém conseguiu encontrá-lo.

'Volte imediatamente a bordo, suba pela escada de segurança e coordene a evacuação. Deve nos dizer quantas pessoas há lá dentro: crianças, mulheres, passageiros, o número exato de cada categoria', acrescentaram.

'Comandante, é uma ordem, agora comando eu. Anteriormente o senhor declarou que havia abandonado o navio, volte à proa e coordene o resgate porque há mortos', exigiram.

Conforme os investigadores, Schettino que estava em terra firme e não retornou ao transatlântico perguntou quantos corpos havia.

'É o senhor quem tem de me dizer quantos. O que quer fazer? Ir para sua casa? Volte imediatamente e nos diga o que é preciso fazer, quantas pessoas restam e o que necessitam', ordenaram a partir da Capitania.

O comandante garantiu que voltaria, mas testemunhas e investigadores que cuidam do caso, afirmam que ele não voltou e o viram pegar um táxi em direção a um hotel.

Como informou a empresa dona do transatlântico, a Costa Cruzeiros, o naufrágio foi causado por um 'erro humano' do capitão que aproximou a embarcação até 150 metros do litoral dessa pequena ilha do mar Tirreno. A manobra acabou levando o barco para as rochas.

Até o momento seis corpos foram resgatados. As equipes ainda procuram 29 desaparecidos. EFE

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