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Taleban ataca principal aeroporto do Paquistão

Pelo segundo dia consecutivo, insurgentes talebans atacaram o aeroporto de Karachi, principal do Paquistão, sem provocar vítimas

Soldados patrulham a área do aeroporto de Karachi, no Paquistão, após o ataque (Asif Hassan/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2014 às 12h23.

Karachi - Insurgentes talebans atacaram pelo segundo dia consecutivo o aeroporto de Karachi, principal do Paquistão , sem provocar vítimas, um dia depois de um ataque que deixou 37 mortos.

O Movimento dos Talebans do Paquistão (TTP), principal grupo rebelde islamita do país, reivindicou o ataque desta terça-feira, que foi mais parecido a uma advertência.

O TTP informou que o segundo ataque foi uma operação de represália, depois que o Paquistão bombardeou na manhã desta terça-feira um distrito tribal considerado um reduto dos insurgentes e matou 15 pessoas.

O TTP também reivindicou a autoria do ataque de segunda-feira ao aeroporto, uma ação de 12 horas que terminou com 37 mortos, incluindo 10 terroristas.

O ataque de segunda-feira comprova, segundo analistas, o fracasso da estratégia do governo do primeiro-ministro Nawaz Sharif, que nos últimos meses tentou iniciar um diálogo de paz.

Parte da sociedade não deseja concessões ao TTP e defende uma ofensiva militar ampla contra o principal reduto do grupo, a zona tribal do Waziristão do Norte, para neutralizar o movimento rebelde.

Mas até o momento o exército optou pela tática de responder aos ataques dos rebeldes com bombardeios centrados nas zonas tribais, como o da manhã desta terça-feira.


Mais de 25.000 pessoas abandonaram suas casas no Waziristão do Norte nos últimos dias, segundo uma fonte do governo de Peshawar, a principal cidade do noroeste do país.

Os moradores temiam uma operação terrestres das forças governamentais.

Os aliados ocidentais do Paquistão pediram nos últimos anos a Islamabad uma intervenção militar na região para erradicar os extremistas.

Mas até o momento o governo descartou a opção por temer o aumento dos atentados como represália, mas também porque esta é uma região estratégica para o vizinho Afeganistão que está em um ano chave pela retirada das tropas da Otan ao fim do ano.

Nesta terça-feira, poucas horas depois da ação militar no noroeste do país, vários homens armados voltaram a atacar um posto de controle no aeroporto de Karachi, a 500 metros das principais instalações.

A televisão estatal exibiu imagens de veículos paramilitares e ambulâncias seguindo para o local do ataque.

Mas poucos minutos depois as forças de segurança anunciaram o fim do ataque.

Antes do ataque ao aeroporto, a Força Aérea do Paquistão bombardeou uma região tribal do noroeste do país, considerada um reduto taleban, e pelo menos 15 pessoas morreram, anunciaram as autoridades militares.

De acordo com o exército, os bombardeios destruíram "nove guaridas de terroristas".

O balanço da operação, realizada no vale de Tirah (distrito de Khyber), não pôde ser confirmado por fontes independentes.

O TTP declarou "guerra santa" ao governo de Islamabad em 2007 para denunciar a aliança com os Estados Unidos. Os ataques provocaram mais de 6.000 mortes desde então no país.

Karachi, cidade de 18 milhões de habitantes, também é considerada um dos principais refúgios clandestinos do TTP no país.

Em 2011, o TTP atacou uma base naval na cidade, destruiu dois aviões e matou 10 integrantes das forças de segurança em uma ação de 17 horas.

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Karachi - Insurgentes talebans atacaram pelo segundo dia consecutivo o aeroporto de Karachi, principal do Paquistão , sem provocar vítimas, um dia depois de um ataque que deixou 37 mortos.

O Movimento dos Talebans do Paquistão (TTP), principal grupo rebelde islamita do país, reivindicou o ataque desta terça-feira, que foi mais parecido a uma advertência.

O TTP informou que o segundo ataque foi uma operação de represália, depois que o Paquistão bombardeou na manhã desta terça-feira um distrito tribal considerado um reduto dos insurgentes e matou 15 pessoas.

O TTP também reivindicou a autoria do ataque de segunda-feira ao aeroporto, uma ação de 12 horas que terminou com 37 mortos, incluindo 10 terroristas.

O ataque de segunda-feira comprova, segundo analistas, o fracasso da estratégia do governo do primeiro-ministro Nawaz Sharif, que nos últimos meses tentou iniciar um diálogo de paz.

Parte da sociedade não deseja concessões ao TTP e defende uma ofensiva militar ampla contra o principal reduto do grupo, a zona tribal do Waziristão do Norte, para neutralizar o movimento rebelde.

Mas até o momento o exército optou pela tática de responder aos ataques dos rebeldes com bombardeios centrados nas zonas tribais, como o da manhã desta terça-feira.


Mais de 25.000 pessoas abandonaram suas casas no Waziristão do Norte nos últimos dias, segundo uma fonte do governo de Peshawar, a principal cidade do noroeste do país.

Os moradores temiam uma operação terrestres das forças governamentais.

Os aliados ocidentais do Paquistão pediram nos últimos anos a Islamabad uma intervenção militar na região para erradicar os extremistas.

Mas até o momento o governo descartou a opção por temer o aumento dos atentados como represália, mas também porque esta é uma região estratégica para o vizinho Afeganistão que está em um ano chave pela retirada das tropas da Otan ao fim do ano.

Nesta terça-feira, poucas horas depois da ação militar no noroeste do país, vários homens armados voltaram a atacar um posto de controle no aeroporto de Karachi, a 500 metros das principais instalações.

A televisão estatal exibiu imagens de veículos paramilitares e ambulâncias seguindo para o local do ataque.

Mas poucos minutos depois as forças de segurança anunciaram o fim do ataque.

Antes do ataque ao aeroporto, a Força Aérea do Paquistão bombardeou uma região tribal do noroeste do país, considerada um reduto taleban, e pelo menos 15 pessoas morreram, anunciaram as autoridades militares.

De acordo com o exército, os bombardeios destruíram "nove guaridas de terroristas".

O balanço da operação, realizada no vale de Tirah (distrito de Khyber), não pôde ser confirmado por fontes independentes.

O TTP declarou "guerra santa" ao governo de Islamabad em 2007 para denunciar a aliança com os Estados Unidos. Os ataques provocaram mais de 6.000 mortes desde então no país.

Karachi, cidade de 18 milhões de habitantes, também é considerada um dos principais refúgios clandestinos do TTP no país.

Em 2011, o TTP atacou uma base naval na cidade, destruiu dois aviões e matou 10 integrantes das forças de segurança em uma ação de 17 horas.

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