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Tailandeses fazem trégua para comemorar aniversário do rei

Maioria dos opositores que reclama a queda do governo da Tailândia observava uma trégua excepcional por ocasião do aniversário de 86 anos do rei

Comemoração do aniversário do rei da Tailândia: rei Bhumibol, que reina há mais de 60 anos, é considerado uma referência moral no país (Indranil Mukherjee/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 12h11.

Bangcoc - A maioria dos opositores que reclama a queda do governo da Tailândia observava uma trégua excepcional por ocasião do aniversário de 86 anos do venerado rei Bhumibol nesta quinta-feira.

A oposição , que conseguiu reunir 180.000 pessoas no ápice das manifestações, protesta contra a primeira-ministra Yingluck Shinawatra, a quem acusa de ser uma marionete de seu irmão Thaksin, deposto por um golpe de Estado em 2006.

Os manifestantes se aliaram aos funcionários municipais para limpar os arredores do Monumento da Democracia, onde acampam há semanas milhares de pessoas, em uma avenida que serve de cenário para os festejos pelo aniversário do rei.

"Paramos de nos manifestar para limpar tudo para a celebração do aniversário do rei. Retomaremos o combate depois", explicou à AFP Kriangkrai Kaewraka, um dos manifestantes que participam na operação de limpeza em homenagem ao rei, que muitos tailandeses consideram um semideus.

O lixo - carrocerias de carros queimados ou alambrados cortados - foi retirado dos arredores de alguns prédios oficiais, cenário das disputas entre policiais e manifstantes.

Em função da precariedade da situação, o rei Bhumibol Adulyadej pediu nesta quinta-feira aos súditos que trabalhem juntos a favor da "estabilidade" do país.

Milhares de tailandeses vestidos de amarelo - cor associada à monarquia - saíram às ruas de Hua Hin para observar a passagem do cortejo real durante a cerimônia oficial.

O rei mora nesta cidade ao sul de Bangcoc há vários meses.


"A Tailândia esteve em paz durante muito tempo porque todos trabalhavam juntos em benefício do país. Cada tailandês deveria assumir seu papel a favor da estabilidade e da segurança do país", disse o monarca em um discurso exibido na televisão.

Várias pessoas morreram nos confrontos entre manifestantes favoráveis e contrários a Yingluck, irmã do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, deposto por um golpe de Estado em 2006 e que ainda domina a política do país, apesar de viver no exílio.

Bhumibol, que reina há mais de 60 anos, é considerado uma referência moral no país, marcado por uma história de instabilidade política.

Após a repressão policial inicial dos protestos, as autoridades mudaram de tática e permitiram na terça-feira que os opositores entrassem nas sedes do governo e da polícia, o que permitiu uma trégua por ocasião do aniversário do rei.

A revolta dos manifestantes foi provocada por um projeto de lei de anistia, redigido segundo eles para permitir o retorno de Thaksin, que vive no exílio e poderia escapar de uma condenação a dois anos de prisão por fraude financeira.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, manifestou sua profunda preocupação com a escalada da violência na Tailândia e "lamentou muito a perda de vidas e feridos".

Ban Ki-Moon pediu a "todas as partes envolvidas que atuem com a maior moderação possível e resolvam suas divergências políticas através do diálogo e de meios pacíficos".

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Bangcoc - A maioria dos opositores que reclama a queda do governo da Tailândia observava uma trégua excepcional por ocasião do aniversário de 86 anos do venerado rei Bhumibol nesta quinta-feira.

A oposição , que conseguiu reunir 180.000 pessoas no ápice das manifestações, protesta contra a primeira-ministra Yingluck Shinawatra, a quem acusa de ser uma marionete de seu irmão Thaksin, deposto por um golpe de Estado em 2006.

Os manifestantes se aliaram aos funcionários municipais para limpar os arredores do Monumento da Democracia, onde acampam há semanas milhares de pessoas, em uma avenida que serve de cenário para os festejos pelo aniversário do rei.

"Paramos de nos manifestar para limpar tudo para a celebração do aniversário do rei. Retomaremos o combate depois", explicou à AFP Kriangkrai Kaewraka, um dos manifestantes que participam na operação de limpeza em homenagem ao rei, que muitos tailandeses consideram um semideus.

O lixo - carrocerias de carros queimados ou alambrados cortados - foi retirado dos arredores de alguns prédios oficiais, cenário das disputas entre policiais e manifstantes.

Em função da precariedade da situação, o rei Bhumibol Adulyadej pediu nesta quinta-feira aos súditos que trabalhem juntos a favor da "estabilidade" do país.

Milhares de tailandeses vestidos de amarelo - cor associada à monarquia - saíram às ruas de Hua Hin para observar a passagem do cortejo real durante a cerimônia oficial.

O rei mora nesta cidade ao sul de Bangcoc há vários meses.


"A Tailândia esteve em paz durante muito tempo porque todos trabalhavam juntos em benefício do país. Cada tailandês deveria assumir seu papel a favor da estabilidade e da segurança do país", disse o monarca em um discurso exibido na televisão.

Várias pessoas morreram nos confrontos entre manifestantes favoráveis e contrários a Yingluck, irmã do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, deposto por um golpe de Estado em 2006 e que ainda domina a política do país, apesar de viver no exílio.

Bhumibol, que reina há mais de 60 anos, é considerado uma referência moral no país, marcado por uma história de instabilidade política.

Após a repressão policial inicial dos protestos, as autoridades mudaram de tática e permitiram na terça-feira que os opositores entrassem nas sedes do governo e da polícia, o que permitiu uma trégua por ocasião do aniversário do rei.

A revolta dos manifestantes foi provocada por um projeto de lei de anistia, redigido segundo eles para permitir o retorno de Thaksin, que vive no exílio e poderia escapar de uma condenação a dois anos de prisão por fraude financeira.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, manifestou sua profunda preocupação com a escalada da violência na Tailândia e "lamentou muito a perda de vidas e feridos".

Ban Ki-Moon pediu a "todas as partes envolvidas que atuem com a maior moderação possível e resolvam suas divergências políticas através do diálogo e de meios pacíficos".

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