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Suspeito de pertencer à Al Qaeda ficou preso secretamente

Sua libertação seria útil para a infraestrutura da "jihad global", ressaltam as autoridades de segurança nesses documentos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2013 às 16h24.

Jerusálem - Um homem suspeito de pertencer à Al-Qaeda foi mantido preso em sigilo durante três anos em Israel, onde a Justiça fez a revelação nesta segunda-feira, durante uma audiência sobre sua possível libertação no Supremo Tribunal, acompanhada pela AFP.

Até este momento não se sabia da detenção de Samer al-Barq. Ele nunca foi julgado, já que tinha sido detido sob o regime de "detenção administrativa", que permite a prisão de suspeitos por períodos renováveis ​​de seis meses, indefinidamente e sem julgamento, com uma ordem de um tribunal militar.

"Fomos ao Tribunal, pois as autoridades israelenses vão decidir sobre a renovação de sua detenção dentro de três dias", disse à AFP Saleh Mahameed, advogado do suspeito.

De acordo com documentos judiciais, do qual a AFP obteve cópias, o suspeito é considerado pelas autoridades "um militante do grupo terrorista Al-Qaeda", especialista em "armas não convencionais, principalmente biológicas".

Sua libertação seria útil para a infraestrutura da "jihad global", ressaltam as autoridades de segurança nesses documentos.

Al-Barq vem de uma família originária da aldeia de Jayus, no norte da Cisjordânia, informou seu advogado, que disse que ele nasceu no Kuwait em 1971 e estudou Microbiologia no Paquistão em 1997.

Em 1998, o suspeito recebeu treinamento militar no Afeganistão e a Al-Qaeda o recrutou em 2001, de acordo com documentos judiciais.

Al-Barq esteve preso na Jordânia entre 2003 e 2008 por "atividade terrorista" e por ter participado de um projeto para desenvolver armas biológicas patrocinado pela Al-Qaeda, de acordo com a mesma fonte.

O suspeito, ainda de acordo com esses documentos, preparava ataques contra turistas israelenses e judeus na Jordânia em 2001 e concordou em formar palestinos na fabricação de venenos para usar contra os israelenses.

A imprensa israelense informou que Al-Barq também foi interrogado pelos americanos em Guantánamo por três meses, mas não forneceu maiores detalhes.

Expulso da Jordânia em 11 de julho de 2010, Samer al-Barq foi preso no posto fronteiriço de Allenby quando tentava entrar em Israel.

"Você não pode prender uma pessoa sem julgá-la, com base em acusações antigas que já foram investigadas pelos Estados Unidos e a Jordânia", disse seu advogado.

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