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Suécia define explosões de Estocolmo como "ataque terrorista"

Antes das explosões, agência de notícias sueca recebeu carta ameaçadora sobre a presença do país no Afeganistão

O ministro das Relações Exteriores da Suécia, Carl Bildt: "Uma tentativa de ataque terrorista muito preocupante na área central mais movimentada de Estocolmo fracassou, mas poderia ter sido verdadeiramente catastrófica"  (Oli Scarff/Getty Images)

O ministro das Relações Exteriores da Suécia, Carl Bildt: "Uma tentativa de ataque terrorista muito preocupante na área central mais movimentada de Estocolmo fracassou, mas poderia ter sido verdadeiramente catastrófica" (Oli Scarff/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2010 às 10h53.

Estolcomo - A polícia sueca, que está investigando duas explosões que ocorreram no centro de Estocolmo na noite de sábado, matando uma pessoa e ferindo duas, disse no domingo que tinha pistas de que os incidentes são "crimes de terror."</p>

Antes das explosões, a agência de notícias sueca TT recebeu uma carta ameaçadora sobre a presença sueca no Afeganistão e as caricaturas do profeta Maomé desenhadas vários anos atrás por um cartunista sueco.

Um oficial de polícia sueco disse em entrevista à imprensa no domingo que as explosões estavam sendo tratadas como "crimes de terror" e a polícia já havia estabelecido boas linhas de investigação.

Anders Thornberg, diretor de operações da Polícia de Segurança, disse que a polícia não podia confirmar se o homem que morreu na explosão seria o perpetrador de um atentado suicida nem discutir sua identidade, uma vez que membros da família ainda não haviam sido informados.

"Estamos investigando isto como crimes de terror, de acordo com a lei sueca. Não elevamos o nível de ameaça à segurança," disse Thornberg, acrescentando que a polícia estava reforçando sua presença na capital.

O drama começou quando um carro explodiu perto de uma rua comercial movimentada no centro da cidade. Em seguida, explosões ocorreram dentro do carro, causadas por tubos de gás, segundo a polícia.

A segunda explosão, a cerca de 300 metros da primeira e 10 a 15 minutos depois, matou um homem e feriu duas pessoas.

"Uma tentativa de ataque terrorista muito preocupante na área central mais movimentada de Estocolmo fracassou, mas poderia ter sido verdadeiramente catastrófica," disse o ministro das Relações Exteriores Carl Bildt em uma mensagem no Twitter e em seu blog.

Vans da polícia isolaram várias ruas em torno do corpo e guincharam o carro. O resto do centro da cidade estava calmo, com pessoas realizando atividades normais de uma noite de sábado.

Várias horas depois da explosão, o corpo do homem ainda estava estendido no chão, coberto com um lençol branco.

Os jornais suecos disseram que o homem havia explodido a si mesmo. O jornal Dagens Nyheter publicou uma entrevista com um paramédico chamado Pascal, que disse que "parecia que o homem estava carregando algo que explodiu em seu ventre."

"Ele não tinha ferimentos no rosto ou corpo em geral e as lojas em torno não foram danificadas."

O jornal Aftonbladet afirmou que o homem estava carregando seis bombas caseiras (das quais apenas uma explodiu), um saco de pregos e material explosivo, segundo uma fonte.

Carta de ameaça

O jornal disse que testemunhas oculares viram o homem gritando num idioma que parecia árabe.

A agência TT disse que recebeu um e-mail com arquivos de som em sueco e árabe. A Polícia de Segurança recebeu o mesmo email.

"Nossas ações falarão por si mesmas, se não terminarem sua guerra contra o Islã e a humilhação do profeta e seu estúpido apoio pelos porcos vikings," dizia uma das gravações, de acordo com a TT.

A TT disse que a ameaça estava ligada à contribuição de 500 soldados da Suécia à força liderada pelos Estados Unidos no Afeganistão e às caricaturas do profeta Maomé pelo artista sueco Lars Vilks, que desenhou o profeta no corpo de um cachorro em 2007.

A maioria dos muçulmanos considera qualquer representação gráfica do profeta ofensiva.

Evan Kohlmann, consultor de terrorismo norte-americano, disse a Reuters que uma pequena comunidade militante islâmica vive na Suécia há algum tempo, mas o incidente de sábado parecia o trabalho isolado de um homem.

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