Suécia encerra investigação de estupro contra Julian Assange
A investigação preliminar havia sido arquivada em 2017, época em que Assange se encontrava abrigado na embaixada do Equador em Londres
AFP
Publicado em 19 de novembro de 2019 às 11h37.
Última atualização em 19 de novembro de 2019 às 11h52.
São Paulo - A justiça da Suécia anunciou nesta terça-feira que arquivará o caso contra Julian Assange , fundador do Wikileaks , acusado de estupro por uma mulher em um caso que teria ocorrido em 2010.
"Anuncio minha decisão de encerrar esta investigação", anunciou a vice-procuradora-geral Eva-Marie Persson. "Todos os recursos da investigação foram esgotados sem evidências claras de uma acusação formal", disse ainda.
A investigação preliminar havia sido arquivada em 2017, época em que Assange se encontrava abrigado na embaixada do Equador no Reino Unido, onde entrou em 2012 para evitar a extradição para a Suécia. Em maio de 2019, Assange perdeu a proteção equatoriana e foi preso em Londres e a investigação na Suécia foi reaberta.
A extradição para os Estados Unidos
Apesar do arquivamento da investigação do suposto estupro, o fundador do Wikileaks enfrenta outra batalha judicial, uma que pode resultar na sua extradição para os Estados Unidos. Lá, Assange é acusado de crimes pela divulgação de documentos confidenciais.
"A Suécia encerrou novamente a investigação depois de tê-la reaberto sem nenhuma prova nova", disse em nota Kristinn Hrafnsson, editora do site Wikileaks, "agora vamos focar no perigo sobre o qual Assange vem alertando há tempos: a beligerate perseguição dos Estados Unidos e a ameaça que representa para a Primeira Emenda", continuou a jornalista sobre o dispositivo constitucional americano que toca na liberdade de imprensa e de expressão.