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Sueca resgatada no Iraque não conhecia o Estado Islâmico

Marylin Nevalainen, de apenas 16 anos, contou sua história para um canal de televisão curdo. Ela está bem e aguarda oficiais suecos para voltar para casa

A sueca Marylin Nevalainen, de 16 anos:A jovem agora está em território curdo no Iraque e será em breve levada de volta para casa (Conselho de Segurança da Região do Curdistão/Twitter)

Gabriela Ruic

Publicado em 24 de fevereiro de 2016 às 12h27.

São Paulo – A adolescente sueca que era refém do Estado Islâmico ( EI ) e que foi nesta semana resgatada por forças curdas nos arredores de Mosul, Iraque, disse que não fazia a menor ideia do que era o grupo extremista quando deixou a Europa com seu namorado para viajar à Síria .

Marliyn Nevalainen, de apenas 16 anos, concedeu uma entrevista nesta quarta-feira para um canal de televisão curdo e o vídeo da conversa foi divulgado pelo jornal britânico The Telegraph. “Ele (o namorado) disse que queria ir para o Estado Islâmico e eu disse que tudo bem. Eu não sabia o que era aquilo ou o que significava”, contou.

O casal deixou a Suécia em maio de 2015 e chegou até a Síria via Turquia. De lá, foram levados por militantes do EI até Mosul. Os detalhes sobre que aconteceu com a dupla até o momento do resgate da jovem não estão claros, mas uma fonte informou para o jornal britânico The Independent que Marilyn era mantida no país contra a sua vontade.

“Na Suécia tínhamos tudo e quando cheguei lá (ao território controlado pelo EI), não tínhamos nada: nem água, nem eletricidade e nem dinheiro. Era uma vida muito difícil”, continuou. Ao conseguir um telefone, ligou para sua mãe na Suécia e pediu para ser resgatada.

Segundo um comunicado do Conselho de Segurança da Região do Curdistão no Twitter, a família e as autoridades suecas teriam então entrado em contato com as forças curdas para que auxiliassem no resgate de Marilyn. Não há informações consolidadas sobre o que teria acontecido com seu namorado.

A jovem agora está em território curdo no Iraque e será em breve levada de volta para casa. Ainda de acordo com os curdos, Marilyn é da cidade de Boras, que fica na região oeste da Suécia e a 57 quilômetros de Gotemburgo, a segunda maior cidade do país.

Um jornal baseado em Boras, o Boras Tidning, disse ter entrado em contato com familiares de Marilyn, que não quiseram comentar a história, e também com o governo sueco, que informou não ter quaisquer informações sobre o caso.

São Paulo – Em 2014, o mundo perdeu 32.658 mil vidas em decorrência do terrorismo , um crescimento de 80% em relação ao que foi observado em 2013 e o maior nível já registrado. Mas embora o terrorismo esteja deixando o seu rastro de violência, no âmbito global, ele ainda mata 13 vezes menos que o homicídio . As constatações são do Global Terrorism Index 2015 (GTI), estudo anual do Instituto de Economia e Paz, organização que avalia os impactos econômicos da violência, divulgado nesta terça-feira, dias depois dos ataques do Estado Islâmico ( EI ) em Paris , França. A pesquisa revelou que é o EI, que atua principalmente na Síria e no Iraque, e o Boko Haram , cujas atividades concentram-se na Nigéria, os responsáveis por 51% dessas mortes. A maioria dos casos (78%) aconteceu em cinco países (Afeganistão, Iraque, Nigéria, Paquistão e Síria). O GTI nota, contudo, que o terrorismo está se espalhado pelo mundo. Em 2013, atividades foram registradas em 59 países. Em 2014, esse número subiu para 67, incluindo Áustria, Austrália, Bélgica, Canadá e França. A edição 2015 do estudo investigou os padrões de atividades terroristas em 162 países a partir do total de incidentes registrados em 2014, o número de mortes, o número de feridos e os danos patrimoniais decorrentes dos atos. Com base nisso, classificou os países de acordo com os impactos do terror. Quanto mais próxima de dez for a pontuação, mais afetado é o local. Confira nas imagens quais são os 25 mais impactados.
  • 2. Iraque

    2 /27(Getty Images)

  • Veja também

    Classificação geralPontuação
    10
  • 3. Afeganistão

    3 /27(REUTERS/Medecins Sans Frontieres/Handout)

  • Classificação geralPontuação
    9,233
  • 4. Nigéria

    4 /27(Afp.com / Pius Utomi Ekpei)

    Classificação geralPontuação
    9,213
  • 5. Paquistão

    5 /27(Reuters)

    Classificação geralPontuação
    9,065
  • 6. Síria

    6 /27(Bassam Khabieh / Reuters)

    Classificação geralPontuação
    8,108
  • 7. Índia

    7 /27(Reuters/STRINGER/INDIA)

    Classificação geralPontuação
    7,747
  • 8. Iêmen

    8 /27(REUTERS/Khaled Abdullah)

    Classificação geralPontuação
    7,642
  • 9. Somália

    9 /27(Omar Faruk/Reuters)

    Classificação geralPontuação
    7,6
  • 10. Líbia

    10 /27(Esam Omran Al-Fetori/Reuters)

    Classificação geralPontuação
    7,29
  • 11. Tailândia

    11 /27(REUTERS/Athit Perawongmetha)

    Classificação geralPontuação
    10º7,729
  • 12. Filipinas

    12 /27(Erik De Castro/Reuters)

    Classificação geralPontuação
    11º7,27
  • 13. Ucrânia

    13 /27(Reuters)

    Classificação geralPontuação
    12º7,2
  • 14. Egito

    14 /27(AFP)

    Classificação geralPontuação
    13º6,813
  • 15. República Centro-Africana

    15 /27(Ivan Lieman/AFP/Getty Images)

    Classificação geralPontuação
    14º6,721
  • 16. Sudão do Sul

    16 /27(REUTERS/Goran Tomasevic)

    Classificação geralPontuação
    15º6,712
  • 17. Sudão

    17 /27(EBRAHIM HAMID/AFP/Getty Images)

    Classificação geralPontuação
    16º6,686
  • 18. Colômbia

    18 /27(Pedro Ugarte/AFP)

    Classificação geralPontuação
    17º6,662
  • 19. Quênia

    19 /27(Getty Images)

    Classificação geralPontuação
    18º6,66
  • 20. República Democrática do Congo

    20 /27(Luc Gnago/Reuters)

    Classificação geralPontuação
    19º6,487
  • 21. Camarões

    21 /27(Ali Kaya/AFP)

    Classificação geralPontuação
    20º6,466
  • 22. Líbano

    22 /27(Khalil Hassan/ Reuters)

    Classificação geralPontuação
    21º6,376
  • 23. China

    23 /27(Goh Chai Hin/AFP)

    Classificação geralPontuação
    22º6,294
  • 24. Rússia

    24 /27(AFP)

    Classificação geralPontuação
    23º6,207
  • 25. Israel

    25 /27(REUTERS/Ammar Awad)

    Classificação geralPontuação
    24º6,034
  • 26. Bangladesh

    26 /27(REUTERS/Stringer)

    Classificação geralPontuação
    25º5,921
  • 27. Agora veja as homenagens às vítimas do ataque em Paris

    27 /27(Reuters)

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