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Sudão prende 700 em semana de protestos violentos

Protestos contra o presidente Omar Hassan al-Bashir agitaram os piores tumultos no centro do Sudão em anos

Pneus pegando fogo em uma rua durante protestos contra os cortes de subsídio do combustível em Cartum, Sudão (Reuters)

Pneus pegando fogo em uma rua durante protestos contra os cortes de subsídio do combustível em Cartum, Sudão (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2013 às 20h51.

Cartum - Setecentas pessoas foram presas durante uma semana dos piores tumultos no centro do Sudão em anos, informou o governo nesta segunda-feira, enquanto continuavam os protestos contra o presidente Omar Hassan al-Bashir.

Uma semana após o início das manifestações contra os cortes de subsídios, a polícia voltou a usar gás lacrimogêneo contra os manifestantes, desta vez contra as estudantes da universidade Ahfad, que gritavam "Nós não queremos Bashir", disseram testemunhas.

Outro protesto de 300 pessoas, no distrito de Burri, em Cartum, foi pacífico, segundo uma testemunha. "O povo quer derrubar o regime", gritava a multidão. A marcha foi muito menor do que os protestos nos últimos dias na região.

Numa conferência de imprensa convocada pelo governo para mostrar o seu lado nos acontecimentos da semana, o ministro do Interior, Mahmoud Ibrahim Hamad, disse que 34 pessoas morreram, muito menos do que as cerca de 150 estimadas pelos ativistas sudaneses de direitos humanos e alguns diplomatas.

Hamad afirmou que a polícia não usou munição real contra manifestantes que, segundo ele, atacaram mais de 40 postos de gasolina, 13 ônibus e muitos carros particulares e edifícios governamentais.

"Isso não tem nada a ver com os protestos", disse Hamad, acrescentando que havia indícios de que os rebeldes da fronteira do Sudão estavam envolvidos na violência.

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