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Sudão e Sudão do Sul acertam acertam corredor humanitário

Acordo, assinado na semana passada, permitirá transportar mais de 63 mil toneladas de ajuda em alimentos para salvar a vida de 744 mil cidadãos sul-sudaneses

Acordo visa necessidades humanitárias das pessoas afetadas pelo conflito nos estados de Juncáli, Unidade e Alto Nilo na fronteira com o Sudão (SIDIG MOHAMED/AFP)
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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2014 às 16h01.

Cartum - Os governos do Sudão e do Sudão do Sul acertaram a abertura de um corredor humanitário entre os dois países, anunciou nesta terça-feira em comunicado o escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU no Sudão.

O chefe do escritório, Ali al Zatari explicou na nota que este acordo, assinado na semana passada, permitirá transportar mais de 63 mil toneladas de ajuda em alimentos para salvar a vida de 744 mil cidadãos sul-sudaneses. Ele declarou que serão beneficiados os cidadãos da região norte do Sudão do Sul afetados pelo conflito que explodiu no país em dezembro de 2013, entre os seguidores do presidente, Salva Kiir, e os rebeldes que apoiam a seu ex-vice-presidente, Riek Mashar.

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Ele destacou que este passo faz parte de um plano, assinado pelo Sudão e Sudão do Sul, que facilita o trabalho da Organização das Nações Unidas (ONU) para responder às necessidades humanitárias das pessoas afetadas pelo conflito nos estados de Juncáli, Unidade e Alto Nilo na fronteira com o Sudão. Ali al Zatari detalhou que a cooperação entre os governos dos dois países serve aos interesses dos cidadãos de ambos os países.

O Programa Alimentar Mundial revelou em junho que, pelo menos, 3.700.000 sul-sudaneses, quase um terço da população, precisa de alimentos e advertiu que o jovem Estado "está caminhando para uma catástrofe alimentar". A ONU, por sua vez, também advertiu sobre uma iminente crise de fome no Sudão do Sul, que já conta com 1.300.000 pessoas em níveis de" insegurança alimentar severa devido ao conflito armado.

No começo deste mês, o Conselho de Segurança da ONU pediu às partes envolvidas no conflito para conseguir avanços nas conversas de paz e advertiu que está disposto a impor sanções a quem não der passos para acabar com a violência.

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