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Sudão do Sul proíbe entidades de empregar estrangeiros

Todas as empresas e ONGs que operam no Sudão do Sul serão impedidas de empregar estrangeiros, segundo ordem do governo


	Sudão do Sul: estrangeiros deverão parar de trabalhar a partir de 15 de outubro
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Sudão do Sul: estrangeiros deverão parar de trabalhar a partir de 15 de outubro (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2014 às 13h52.

Juba - O governo sul-sudanês determinou nesta terça-feira que todas as empresas privadas e ONGs que operam no país serão impedidas de empregar, dentro de um mês, estrangeiros, que devem ser substituídos por cidadãos do Sudão do Sul.

O ministro do Trabalho, Ngor Ngor Kolong, "ordena a todas as ONGs e empresas privadas que operam no Sudão do Sul a notificar todos os estrangeiros que trabalham para eles, em todos os cargos, para que cessem de trabalhar no campo a partir de 15 de outubro", afirma uma circular oficial de 12 de setembro, publicada nesta terça-feira na imprensa local.

"Este aviso de um mês começa em 15 de setembro de 2014 e termina em 15 de outubro", completa a nota.

"Todas as instituições, empresas e entidades empresariais devem preencher as vagas de diretores executivos, gestores de recursos humanos, secretárias, responsáveis pelos recursos humanos, executivos de relações públicas, funcionários a cargo de suprimentos/logística, agentes do protocolo e recepcionistas", acrescenta.

"Por meio do gabinete do diretor-geral do Trabalho no ministério, estes cargos devem ser preenchidos por cidadãos sul-sudaneses qualificados", de acordo com a circular.

O Sudão do Sul, mais novo país do mundo, proclamou sua independência em 9 de julho de 2011, arruinado após décadas de uma guerra violenta e destrutiva contra Cartum.

O país mergulhou recentemente em um novo conflito entre tropas leais ao presidente Salva Kiir e os insurgentes leais a seu ex-vice-presidente Riek Machar, em meio a rivalidade entre os dois homens à frente do regime e de uma ressentimentos étnicos entre as duas principais comunidades do país, representadas respectivamente pelos dois homens.

Os combates, acompanhados de massacres étnicos, resultaram em milhares ou dezenas de milhares de mortos e forçaram mais de 1,8 milhão de sul-sudaneses a deixar suas casas.

O país está ameaçado pela fome, segundo a ONU e as agências humanitárias, e parte da população depende de ONGs para obter alimento. Além disso, o Sudão do Sul é extremamente carente de mão de obra qualificada.

Apesar dos importantes recursos do petróleo, o jovem país, desprovido de indústria e de infraestrutura real, esforça-se para decolar após a independência, mas foi severamente afetado pelo novo conflito.

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