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Sudão decide reabrir fronteira com Sudão do Sul após 5 anos

As autoridades condicionaram a abertura das passagens na divisa à expulsão, por parte do Sudão do Sul, dos rebeldes do grupo MPLS-SN


	Sudão do Sul: decisão ocorreu dois dias depois do presidente do Sudão do Sul ter anunciado o desejo de normalizar as relações entre os dois
 (Andreea Campeanu/Reuters)

Sudão do Sul: decisão ocorreu dois dias depois do presidente do Sudão do Sul ter anunciado o desejo de normalizar as relações entre os dois (Andreea Campeanu/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2016 às 13h43.

Cartum - O presidente do Sudão, Omar Hassan al Bashir, ordenou nesta quinta-feira a reabertura da fronteira do país com o Sudão do Sul, fechada desde a independência do vizinho em 2011, informou a agência oficial de notícias do governo.

As autoridades condicionaram a abertura das passagens na divisa à expulsão, por parte do Sudão do Sul, dos rebeldes do Movimento Popular de Libertação do Sudão-Setor Norte (MPLS-SN), que, segundo o Sudão, estão sendo apoiados pelo governo vizinho.

A decisão de Al Bashir ocorreu dois dias depois de o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, ter anunciado o desejo de normalizar de forma completa as relações entre os dois países.

Além disso, ele ordenou que suas tropas ficassem a cinco milhas de distância da fronteira e expressou a disposição para estabelecer comissões conjuntas formadas depois da independência do Sul.

Há poucos dias, Al Bashir ordenou a revisão das medidas econômicas adotadas contra o Sudão do Sul, depois de o governo vizinho ter pedido a redução dos impostos que o Sudão aplica sobre o petróleo exportado através do território do país.

O fechamento das fronteiras entre os dois países piorou a situação econômica das províncias sul-sudanesas, cujas receitas se baseiam principalmente na exportação de combustíveis e produtos alimentícios ao Sudão.

Além das dificuldades econômicas, desde sua independência em julho de 2011, Sudão do Sul vive uma situação de instabilidade política que se acentuou em 2013 com o início do conflito interno.

Desde então, centenas de milhares de pessoas morreram e mais de 2 milhões deixaram suas casas.

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