Anne Sinclair, mulher de Strauss-Kahn: dificuldade para conseguir um apartamento em Nova York (Andrew Burton/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2011 às 17h01.
Nova York, 20 mai (EFE).- Os advogados do ex-diretor-gerente do Funo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, entregaram nesta sexta-feira à Justiça americana a fiança de US$ 1 milhão e um bônus de garantia de US$ 5 milhões para que ele fique em prisão domiciliar, mas as demais condições para sua libertação não foram cumpridas.
"O juiz já assinou a recepção da fiança e do bônus de garantia, mas os demais requisitos" para que o político francês possa abandonar o centro penitenciário de Rikers Island "ainda não foram cumpridos", disse à Agência Efe um porta-voz do tribunal.
O juiz encarregado do caso fixou uma audiência para esta sexta-feira, a fim de analisar com os advogados de Strauss-Kahn o cumprimento dos termos que lhe foram impostos para que ele pudesse ficar em prisão domiciliar.
Strauss-Kahn, de 62 anos, foi acusado formalmente de sete crimes de abuso sexual e de tentativa de estupro de uma imigrante africana de 32 anos.
Por esse último caso, ocorrido no último sábado em um hotel de Nova York, ele será submetido a uma nova audiência judicial em 6 de junho.
O juiz Michael Obus aceitou deixar Strauss-Kahn em prisão domiciliar após o pagamento de US$ 1 milhão e de um bônus de garantia de US$ 5 milhões.
Além disso, o ex-diretor-gerente do FMI terá que usar uma pulseira eletrônica que controle seus movimentos e ficar sob vigilância 24 horas por dia.
As condições que ainda não foram cumpridas estariam relacionadas com as dificuldades que a mulher de Strauss-Kahn, a jornalista Anne Sinclair, está tendo para alugar um apartamento em Nova York.
Os proprietários de um luxuoso edifício situado no bairro do Upper East Side de Manhattan e pelo qual Anne estava disposta a pagar um aluguel de US$ 14 mil, não aceitaram que Strauss-Kahn e sua família fossem morar lá.
Segundo o jornal "The New York Times", o ex-diretor-gerente do FMI pode acabar se mudando para uma casa da firma de segurança Stroz Friedberg que sua família teria contratado para vigiá-lo durante sua prisão domiciliar.
"Não sei o que está acontecendo. Há muitas coisas que têm que ocorrer" ainda, respondeu nesta sexta-feira à imprensa um dos advogados de Strauss-Kahn, Marc Agnifilo, quando foi perguntando sobre onde seu cliente ficará até que tenha início o julgamento, cuja primeira audiência será em 6 de junho.
O político francês, que era considerado um dos homens mais poderosos do mundo, foi detido no sábado passado no aeroporto John F. Kennedy (EUA) quando se encontrava em um avião com destino para Paris, após ter sido acusado de ter abusado sexualmente de uma camareira do hotel de Nova York em que tinha se hospedado.