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Strauss-Kahn avisou esposa sobre 'problema grave' antes da prisão

Segundo o jornal Le Monde, diretor do FMI falou duas vezes com sua mulher antes de ser detido

Advogados tentam refazer o trajeto de Strauss-Kahn no último sábado (International Monetary Fund)

Advogados tentam refazer o trajeto de Strauss-Kahn no último sábado (International Monetary Fund)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2011 às 15h06.

Paris - O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, disse à sua esposa sobre "um problema grave" antes de ser detido no último sábado em Nova York sob a acusação de abuso sexual, informou nesta segunda-feira o jornal francês "Le Monde".

Segundo a publicação, a jornalista Anne Sinclair, com quem Strauss-Kahn está casado desde 1991, estava em Paris quando tomou conhecimento da notícia e foi para a casa de amigos para evitar o assédio da imprensa, que não demorou a chegar à porta da residência do casal na capital francesa.

O "Le Monde" sustenta, citando amigos da jornalista, que Sinclair lhes disse que conversou por telefone duas vezes com seu marido no sábado. A primeira delas depois de Strauss-Kahn ter almoçado com sua filha, e a segunda um pouco mais tarde, quando o diretor-gerente do FMI estava a caminho do aeroporto de Nova York.

Nessa última conversa, Strauss-Kahn teria lhe falado sobre "um problema grave", mas não fez menção ao incidente no hotel, pelo qual o economista é acusado de abuso sexual contra uma camareira.

A emissora francesa "RMC" informou hoje que os advogados americanos do político estão reconstruindo os fatos de sábado passado para tentar demonstrar a inocência de seu cliente, que alega que almoçava com sua filha no momento no qual teria acontecido o crime.

O "Le Monde" diz que Strauss-Kahn pagou sua conta e fez o "check-out" do hotel Sofitel às 12h30 locais, trinta minutos antes da hora na qual a camareira afirma ter sido acossada.

O "Libération", por outro lado, assegura que a polícia americana situa agora os fatos em torno do meio-dia e não por volta das 13h locais, o que, segundo sua opinião, pode destruir o argumento apresentado pelos advogados de Strauss-Kahn.

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