Standard Chartered paga US$ 340 mi para fechar caso iraniano
Banco se comprometeu também a instalar um novo sistema de supervisão para revisar por dois anos o controle nos riscos de lavagem de dinheiro de seu escritório em NY
Da Redação
Publicado em 14 de agosto de 2012 às 20h28.
Nova York - O banco britânico Standard Chartered concordou nesta terça-feira em pagar uma multa de US$ 340 milhões às autoridades de Nova York para pôr fim a uma investigação sobre uma suposta ocultação, durante quase uma década, de transações com instituições iranianas no valor de US$ 250 bilhões.
A decisão foi anunciada pelo Departamento de Serviços Financeiros de Nova York, que acrescentou que o banco se comprometeu também a instalar um novo sistema de supervisão para revisar por dois anos o controle nos riscos de lavagem de dinheiro de seu escritório em Nova York e a tomar medidas ''corretivas''.
Além disso, o superintendente de serviços financeiros de Nova York, Benjamin Lawsky, disse em comunicado à imprensa que o banco britânico aceitou como parte do acordo que supervisores do órgão estatal se instalem em seu escritório em Nova York.
Ele também anunciou o cancelamento da reunião marcada para o dia 15 de agosto para que o banco, que rejeitou as acusações, se defendesse perante as autoridades reguladoras.
Por sua parte, o banco emitiu um comunicado confirmando o multimilionário acordo e reconheceu que segue mantendo ''conversas construtivas com outras relevantes autoridades americanas'', embora não tenha detalhado quais, e acrescentou que ''as datas de qualquer resolução serão comunicadas no seu devido tempo''.
Segundo publicou na semana passada o ''The Wall Street Journal'', as operações do banco em Nova York também estão sendo investigadas pelo Departamento de Justiça de EUA, o Federal Reserve (banco central), o Departamento do Tesouro e a Promotoria de Manhattan.
Durante quase dez anos, a Standard Chartered ''conspirou com o governo do Irã e ocultou das autoridades reguladoras'' cerca de 60 mil transações secretas, que supunham pelo menos US$ 250 bilhões, e que renderam ''alguns benefícios de centenas de milhões de dólares em comissões'', acusou o regulador de Nova York.
Segundo a instituição nova-iorquina, a entidade britânica, cujo negócio principal se concentra na Ásia, África e Oriente Médio e conta com US$ 624 bilhões em ativos, ''deixou o sistema financeiro americano vulnerável a terroristas, comerciantes de armas, redes de drogas e regimes corruptos''.
O banco teria dirigido quase 60 mil pagamentos de seus clientes iranianos - entre os quais estaria o próprio Banco Central do país - através de sua filial em Nova York, eliminando antes qualquer informação que pudesse identificar as instituições, submissas a sanções econômicas nos EUA desde 2008.
De acordo com a acusação, em outubro de 2006 o executivo-chefe do banco nos EUA alertou seus colegas de Londres sobre o ''dano muito sério ou inclusive catastrófico'' por essas operações.
O banco rejeitou ''energeticamente'' as acusações e afirmou em comunicado na semana passada que 99,9% de suas transações relacionadas com o Irã se adequavam às leis americanas, e que somente US$ 14 milhões em operações com entidades desse país não o faziam.
Nova York - O banco britânico Standard Chartered concordou nesta terça-feira em pagar uma multa de US$ 340 milhões às autoridades de Nova York para pôr fim a uma investigação sobre uma suposta ocultação, durante quase uma década, de transações com instituições iranianas no valor de US$ 250 bilhões.
A decisão foi anunciada pelo Departamento de Serviços Financeiros de Nova York, que acrescentou que o banco se comprometeu também a instalar um novo sistema de supervisão para revisar por dois anos o controle nos riscos de lavagem de dinheiro de seu escritório em Nova York e a tomar medidas ''corretivas''.
Além disso, o superintendente de serviços financeiros de Nova York, Benjamin Lawsky, disse em comunicado à imprensa que o banco britânico aceitou como parte do acordo que supervisores do órgão estatal se instalem em seu escritório em Nova York.
Ele também anunciou o cancelamento da reunião marcada para o dia 15 de agosto para que o banco, que rejeitou as acusações, se defendesse perante as autoridades reguladoras.
Por sua parte, o banco emitiu um comunicado confirmando o multimilionário acordo e reconheceu que segue mantendo ''conversas construtivas com outras relevantes autoridades americanas'', embora não tenha detalhado quais, e acrescentou que ''as datas de qualquer resolução serão comunicadas no seu devido tempo''.
Segundo publicou na semana passada o ''The Wall Street Journal'', as operações do banco em Nova York também estão sendo investigadas pelo Departamento de Justiça de EUA, o Federal Reserve (banco central), o Departamento do Tesouro e a Promotoria de Manhattan.
Durante quase dez anos, a Standard Chartered ''conspirou com o governo do Irã e ocultou das autoridades reguladoras'' cerca de 60 mil transações secretas, que supunham pelo menos US$ 250 bilhões, e que renderam ''alguns benefícios de centenas de milhões de dólares em comissões'', acusou o regulador de Nova York.
Segundo a instituição nova-iorquina, a entidade britânica, cujo negócio principal se concentra na Ásia, África e Oriente Médio e conta com US$ 624 bilhões em ativos, ''deixou o sistema financeiro americano vulnerável a terroristas, comerciantes de armas, redes de drogas e regimes corruptos''.
O banco teria dirigido quase 60 mil pagamentos de seus clientes iranianos - entre os quais estaria o próprio Banco Central do país - através de sua filial em Nova York, eliminando antes qualquer informação que pudesse identificar as instituições, submissas a sanções econômicas nos EUA desde 2008.
De acordo com a acusação, em outubro de 2006 o executivo-chefe do banco nos EUA alertou seus colegas de Londres sobre o ''dano muito sério ou inclusive catastrófico'' por essas operações.
O banco rejeitou ''energeticamente'' as acusações e afirmou em comunicado na semana passada que 99,9% de suas transações relacionadas com o Irã se adequavam às leis americanas, e que somente US$ 14 milhões em operações com entidades desse país não o faziam.