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Sobe para 40 número de mortos em onda de atentados no Iraque

Trata-se da onda de violência mais sangrenta no Iraque desde 17 de dezembro


	Atentado no Iraque: nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelos ataques.
 (REUTERS)

Atentado no Iraque: nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelos ataques. (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2013 às 15h13.

Kirkuk - O número de mortos na onda de atentados desta quarta-feira em Bagdá e Kirkuk e Tuz Khurmatu, cidades do norte do Iraque, subiu para 40, e 245 feridos, um dia após um deputado sunita ter sido morto em um atentado suicida, em meio ao agravamento da crise política em que o Iraque está mergulhado.

Nas novas violências acontecem ao mesmo tempo dos inúmeros protestos que o Primeiro-Ministro Nuri al-Maliki vem enfrentando por parte da oposição contrária ao seu governo.

Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelos ataques, mas militantes sunitas realizam com frequência violências em uma tentativa de desestabilizar o governo e levar ao país de volta a um conflito sectário que o deixou em ruínas entre 2005 e 2008.

Trata-se da onda de violência mais sangrenta no Iraque desde 17 de dezembro.

Os recentes ataques ocorreram um dia após a morte do deputado sunita membro do Parlamento iraquiano em um atentado a bomba na zona oeste de Bagdá. Seu funeral reuniu centenas de pessoas nas aforas da cidade de Fallujah, predominantemente sunita.

O caixão foi coberto pela bandeira iraquiana e transportado em cima de um veículo SUV, parte de um comboio de dezenas de carros.


Enquanto a procissão seguia para o cemitério, uma pessoa foi ferida em outra bomba apesar do grande aparato de segurança no local.

O deputado era dirigente do Sahwa, uma reunião de milícias tribais sunitas que se revoltaram contra a Al-Qaeda e foram para o lado dos militares americanos em 2006, ajudando a virar a maré da insurgência iraquiana.

Os combatentes de Sahwa são, com frequência, alvo de ataques por militantes sunitas que os veem como traidores.

A violência decorre em um contexto de crise política que tem colocado Nuri al-Maliki contra muitos ministros apenas alguns meses antes de importantes eleições provinciais.

A oposição xiita contra o primeiro-ministro endureceu em manifestações antigoverno de maioria sunita árabe, realizadas nas últimas semanas, e apoiadas por inúmeros partidos membros do gabinete de Maliki.

A crise ocorre faltando quase três meses para a realização das eleições provinciais, um termômetro para medir o apoio a Maliki e seus oponentes para uma futura eleição geral no próximo ano.

A violência diminuiu no Iraque nos últimos meses, no entanto, os ataques permanecem frequentes, especialmente em Bagdá, Kirkuk e Tuz Khurmatu.

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