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Sobe para 23 o número de mortos em ataque contra vice-presidente afegão

O grupo Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado com um homem-bomba, que tinha como alvo o vice-presidente afegão e seus simpatizantes

Além dos 23 mortos, mais de 100 pessoas ficaram feridas no atentado deste domingo (22) (Omar Sobhani/Reuters)
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EFE

Publicado em 23 de julho de 2018 às 10h30.

Cabul - O número de mortos no atentado suicida ocorrido no domingo perto do aeroporto internacional de Cabul , minutos depois que o comboio do vice-presidente afegão e ex-senhor da guerra, Abdul Rashid Dostum, deixou o local, subiu nesta segunda-feira para 23 e o de feridos para 107.

"O balanço de mortos aumentou para 23 e o de feridos para 107, incluídos membros das forças de segurança e civis", indicou à Agência Efe uma fonte da equipe de imprensa do Ministério da Saúde Pública do Afeganistão, que pediu anonimato.

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A fonte especificou que o departamento ainda está tentando contabilizar quantas das vítimas são civis e quantos são efetivos das forças de segurança.

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do atentado, que segundo eles próprios foi cometido por um insurgente que detonou os explosivos que carregava junto ao corpo, e garantiu que o alvo do mesmo era o vice-presidente afegão e seus simpatizantes.

Dostum, que tinha se exilado na Turquia no ano passado quando era investigado por supostas torturas de seus guarda-costas a um rival político, tinha sido recebido minutos antes do ataque no aeroporto internacional por dezenas de simpatizantes e autoridades locais.

A viagem de Dostum à Turquia aconteceu após semanas de especulações nos veículos de imprensa afegãos sobre sua possível fuga depois que a Procuradoria Geral abriu uma investigação três meses antes contra nove de seus seguranças por supostamente torturarem e abusarem de um rival político seu.

Dostum é um dos políticos afegãos mais poderosos, com fama de sanguinário e com histórico de constantes mudanças de lado durante as guerras ocorridas no Afeganistão desde a invasão soviética (1979-89) até a queda do regime talibã com a invasão americana em 2001.

Como membro da Aliança do Norte, Dostum enfrentou os talibãs que resistiam no norte do país com ajuda americana e, segundo algumas denúncias, é responsável pela morte por asfixia de centenas deles que tinham sido tomados como prisioneiros, durante sua transferência para uma prisão de contêineres praticamente selados.

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