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Sobe para 20 o número de corpos achados em fossas no México

Segundo veículos de comunicação locais, os cadáveres estão carbonizados


	México: há oito dias desapareceram 43 estudantes no país após uma ação de repressão policial
 (Getty Images/Getty Images)

México: há oito dias desapareceram 43 estudantes no país após uma ação de repressão policial (Getty Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2014 às 21h57.

Iguala - O número de corpos encontrados em seis fossas clandestinas descobertas no município de Iguala, no sul do México, já chegou a 20, informou neste domingo à Agência Efe uma fonte oficial da cidade, onde há oito dias desapareceram 43 estudantes após uma ação de repressão policial.

Uma fonte da Secretaria de Saúde do Estado de Guerrero disse à Efe que 20 corpos já estão nas instalações do Serviço Médico Legal (Semefo) de Iguala, e que a expectativa é que cheguem "mais alguns" nas próximas horas.

A fonte não quis dar mais detalhes sobre o estado em que se encontram os restos humanos, que, segundo alguns meios de comunicação mexicanos, estão carbonizados.

A expectativa é que ainda neste domingo o titular da Procuradoria Geral de Justiça do Estado de Guerrero ofereça uma entrevista coletiva no balneário de Acapulco.

Em Chilpancingo, a capital desse estado, parentes dos estudantes desaparecidos bloquearam durante várias horas deste domingo o tráfego de veículos na Autopista del Sol, que comunica essa cidade com a capital mexicana e com Acapulco.

No meio da tensão que vive esse estado sulista, o governador de Guerrero, Ángel Aguirre, fez neste domingo um pedido para que a população mantenha a calma.

Aguirre, cuja casa foi apedrejada neste fim de semana por supostos companheiros dos estudantes de magistério desaparecidos, solicitou "a unidade de todos os guerrerenses sem ira" e questionou os que tentam "tirar proveito" político do conflito.

Apesar da descoberta dos corpos nas fossas clandestinas, as autoridades de Guerrero não confirmaram que eles correspondam a alguns dos 43 desaparecidos no fim de semana passado após os ataques a estudantes nos quais morreram seis pessoas e 25 ficaram feridas.

O procurador de Guerrero, Iñaky Blanco, disse no sábado que os depoimentos dos 30 detidos até agora em relação com os ataques contra os alunos da Escola Normal de Ayotzinapa lhes permitiu chegar até esse local.

Entre os detidos há 22 policiais de Iguala, que, segundo as provas periciais, dispararam contra os jovens, e outras oito pessoas capturadas nas últimas horas. 

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