Exame Logo

Situação de Nova Friburgo ainda é difícil

Chuvas na região dificultam a recuperação da cidade fluminense atingida pelas águas há três meses

Nova Friburgo: cidade foi destruída pelas enchentes (Valter Campanato/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de março de 2011 às 17h00.

Rio de Janeiro – Quase três meses depois da tragédia provocada pela chuva na região serrana do Rio de Janeiro, os moradores de Nova Friburgo ainda aguardam a solução dos problemas estruturais da cidade. Segundo o subsecretário extraordinário da Região Serrana, Affonso Monnerat, a situação ainda é difícil, porque o período de chuvas atrapalha a recuperação da estrutura da cidade.

“Ainda estamos no período de chuva e a grande área de recuperação de drenagem tem que ser [feita] por meio de projeto. Não conseguimos recuperar a estrutura da cidade ainda por isso. Porque, com a enxurrada, você teve todo o sistema de drenagem de chuva entupido por lama e não adianta tentar fazer [a retirada] com caminhões, tem que refazer grande parte das galerias de rede pluvial. Então continua essa mesma angústia. Quando chove, enchem-se de novo alguns bairros porque não tem para onde escorrer”, disse Monnerat.

Ele informou que será necessária a dragagem dos rios, que estão assoreados, prejudicando até a rede de esgoto de alguns bairros. Após a saída do vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, os moradores de Nova Friburgo reclamam que as obras de recuperação pararam. No entanto, segundo Monnerat, os trabalhos continuam.

“Nós ainda continuamos com a limpeza, em apoio aos municípios. A Emop [Empresa de Obras Públicas do estado] está fechando a parte de projetos. Um bloco inclui projetos de encostas, outro, os habitacionais, tem um bloco da dragagem dos rios e um de infraestrutura, em que estão pontes, drenagem, estradas, postos de saúde. Depois de um evento desse, você tem que fazer com bastante segurança. É duro não dar uma resposta rapidamente, mas a gente quer fazer a coisa direito”, avaliou.

O subsecretário informou que algumas pontes estão sendo reconstruídas, enquanto outras devem ser liberadas até a próxima semana. Monnerat disse também que a dragagem da região de Córrego Dantas, em Friburgo, está em curso.

Os terrenos para as habitações foram definidos em Teresópolis e Nova Friburgo. Para as vítimas de Petrópolis, a área ainda está em estudo. Sobre os projetos de intervenções nas encostas, a estimativa é que em até 20 dias eles fiquem prontos para o início das obras.

A cidade de Nova Friburgo ainda sofre com um problema político. Com o prefeito eleito, Heródoto de Mello, afastado por motivos de saúde e o vice-prefeito, Dermeval Neto, de férias nos Estados Unidos, o presidente da Câmara dos Vereadores, Sergio Xavier, assumiu interinamente o poder. E a preocupação com a possibilidade de novos problemas relacionados às chuvas continua.

”A gente está permanentemente em contato com a Defesa Civil para saber o que pode ocorrer. Estamos pedindo para a população das áreas interditadas não voltar. Do jeito que está o solo, ainda existe risco. A população tem que ter paciência”, disse o subsecretário.

O governador Sérgio Cabral conseguiu ontem (30) a liberação de R$ 1 bilhão pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para investir em estradas e na recuperação da região serrana. Cabral e o presidente do BID, Luis Alberto Moreno, reuniram-se na sede da instituição, em Washington, nos Estados Unidos. Segundo a Secretaria de Obras do estado, dias depois da tragédia, o governo federal liberou R$ 80 milhões para obras de infraestrutura na região e o governo do estado, mais R$ 30 milhões.

A catástrofe na região serrana ocorreu depois das fortes chuvas dos dias 11 e 12 de janeiro, que provocaram enchentes e inúmeros deslizamentos de terra. Pelo menos 916 pessoas morreram e 345 ainda estão desaparecidas.

Veja também

Rio de Janeiro – Quase três meses depois da tragédia provocada pela chuva na região serrana do Rio de Janeiro, os moradores de Nova Friburgo ainda aguardam a solução dos problemas estruturais da cidade. Segundo o subsecretário extraordinário da Região Serrana, Affonso Monnerat, a situação ainda é difícil, porque o período de chuvas atrapalha a recuperação da estrutura da cidade.

“Ainda estamos no período de chuva e a grande área de recuperação de drenagem tem que ser [feita] por meio de projeto. Não conseguimos recuperar a estrutura da cidade ainda por isso. Porque, com a enxurrada, você teve todo o sistema de drenagem de chuva entupido por lama e não adianta tentar fazer [a retirada] com caminhões, tem que refazer grande parte das galerias de rede pluvial. Então continua essa mesma angústia. Quando chove, enchem-se de novo alguns bairros porque não tem para onde escorrer”, disse Monnerat.

Ele informou que será necessária a dragagem dos rios, que estão assoreados, prejudicando até a rede de esgoto de alguns bairros. Após a saída do vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, os moradores de Nova Friburgo reclamam que as obras de recuperação pararam. No entanto, segundo Monnerat, os trabalhos continuam.

“Nós ainda continuamos com a limpeza, em apoio aos municípios. A Emop [Empresa de Obras Públicas do estado] está fechando a parte de projetos. Um bloco inclui projetos de encostas, outro, os habitacionais, tem um bloco da dragagem dos rios e um de infraestrutura, em que estão pontes, drenagem, estradas, postos de saúde. Depois de um evento desse, você tem que fazer com bastante segurança. É duro não dar uma resposta rapidamente, mas a gente quer fazer a coisa direito”, avaliou.

O subsecretário informou que algumas pontes estão sendo reconstruídas, enquanto outras devem ser liberadas até a próxima semana. Monnerat disse também que a dragagem da região de Córrego Dantas, em Friburgo, está em curso.

Os terrenos para as habitações foram definidos em Teresópolis e Nova Friburgo. Para as vítimas de Petrópolis, a área ainda está em estudo. Sobre os projetos de intervenções nas encostas, a estimativa é que em até 20 dias eles fiquem prontos para o início das obras.

A cidade de Nova Friburgo ainda sofre com um problema político. Com o prefeito eleito, Heródoto de Mello, afastado por motivos de saúde e o vice-prefeito, Dermeval Neto, de férias nos Estados Unidos, o presidente da Câmara dos Vereadores, Sergio Xavier, assumiu interinamente o poder. E a preocupação com a possibilidade de novos problemas relacionados às chuvas continua.

”A gente está permanentemente em contato com a Defesa Civil para saber o que pode ocorrer. Estamos pedindo para a população das áreas interditadas não voltar. Do jeito que está o solo, ainda existe risco. A população tem que ter paciência”, disse o subsecretário.

O governador Sérgio Cabral conseguiu ontem (30) a liberação de R$ 1 bilhão pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para investir em estradas e na recuperação da região serrana. Cabral e o presidente do BID, Luis Alberto Moreno, reuniram-se na sede da instituição, em Washington, nos Estados Unidos. Segundo a Secretaria de Obras do estado, dias depois da tragédia, o governo federal liberou R$ 80 milhões para obras de infraestrutura na região e o governo do estado, mais R$ 30 milhões.

A catástrofe na região serrana ocorreu depois das fortes chuvas dos dias 11 e 12 de janeiro, que provocaram enchentes e inúmeros deslizamentos de terra. Pelo menos 916 pessoas morreram e 345 ainda estão desaparecidas.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasDesastres naturaisDeslizamentosEnchentesMetrópoles globaisRio de Janeiro

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame