Bandeira da Coreia do Norte: jornalistas citados pelo site trabalham nos principais meios de comunicação da Coreia do Sul (Stanley Chou/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 29 de outubro de 2013 às 10h12.
Seul - O site "Uriminzokkiri", parceiro do governo da Coreia do Norte, comparou nesta terça-feira jornalistas sul-coreanos, a quem acusam de proferir "mentiras e falsas acusações" contra o regime liderado por Kim Jong-un, com colaboradores do nazismo.
Os jornalistas que apoiaram os nazistas "foram os primeiros a serem julgados depois da Segunda Guerra Mundial", disse o portal propagandístico de Pyongyang em referência a 18 trabalhadores sul-coreanos do setor da comunicação.
Os jornalistas citados pelo site trabalham nos principais meios de comunicação da Coreia do Sul, como os jornais "Chosun", "Donga" e "Segye" e as emissoras de televisão "KBS", "MBC" e "SBS".
O portal norte-coreano assegurou que "perversos ativistas de direita camuflados de jornalistas, analistas e professores" propagaram "mentiras e falsas acusações" para difamar o regime comunista de Kim Jong-un.
De acordo com o "Uriminzokkiri", as críticas feitas pelos profissionais do Sul são, entre outras, qualificar a Coreia do Norte como uma "nação isolada" ou um "sistema fracassado" e por isso eles são acusados de atacar a "mais alta dignidade" do país.
Não é a primeira vez que a imprensa estatal de Pyongyang ou simpatizantes de seu governo dirigem fortes críticas ou ameaças veladas a profissionais de comunicação do Sul.
Em março e abril, quando a Coreia do Norte empreendeu uma dura campanha de hostilidades contra Seul e Washington que elevou a tensão na península, a imprensa do regime criticou duramente os jornalistas do Sul, acusados de difamar seus líderes e símbolos.
Em junho do ano passado, Pyongyang ameaçou com um ataque em massa os principais meios de comunicação sul-coreanos, chegando inclusive a publicar suas coordenadas.
Anteriormente, em 1997, a Coreia do Norte também ameaçou bombardear o jornal conservador "Chosun".