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Sistema secreto de espionagem americana detectou implosão do submarino Titan; entenda

Rede de sensores subaquáticos foi projetada para identificar submarinos 'hostis' no Atlântico Norte

Não ficou imediatamente claro o quão amplamente a análise acústica da Marinha foi divulgada entre a equipe de busca, nem por que a Marinha não a tornou pública antes (OceanGate/Reprodução)

Não ficou imediatamente claro o quão amplamente a análise acústica da Marinha foi divulgada entre a equipe de busca, nem por que a Marinha não a tornou pública antes (OceanGate/Reprodução)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 23 de junho de 2023 às 11h09.

A Marinha dos EUA, usando dados de um sistema secreto de sensores subaquáticos projetados para identificar submarinos hostis, detectou "uma anomalia consistente com uma implosão ou explosão" no Atlântico Norte no último domingo. Os sons tinham origem na área na qual estava o submersível Titan no momento em que o veículo perdeu a comunicação com o navio, segundo a imprensa americana.

A informação foi confirmada aos jornais Wall Street Journal e The New York Times por altos oficiais da Marinha dos EUA em condição de anonimato. Segundo eles, as buscas tiveram prosseguimento devido a ausência de outras pistas sobre o que poderia ter ocorrido com o submarino.

Os dados dos sensores foram combinados com informações de aviões de vigilância P-8 da Marinha e bóias de sonar na superfície para triangular a localização aproximada do Titã, disse um dos oficiais. A análise dos dados acústicos submarinos e as informações sobre a localização do ruído foram então repassadas ao oficial da Guarda Costeira encarregado das buscas, contra almirante John Mauger.

Como não havia nenhuma evidência visual ou outra evidência conclusiva de uma falha catastrófica, disse um dos oficiais, teria sido “irresponsável” presumir imediatamente que os cinco passageiros estavam mortos, e a busca foi ordenada para continuar.

Não ficou imediatamente claro o quão amplamente a análise acústica da Marinha foi divulgada entre a equipe de busca, nem por que a Marinha não a tornou pública antes.

Entenda o caso

Detritos do submersível Titan, incluindo sua calota de vante (extremidade da embarcação em formato de cone), foram encontrados no fundo do oceano na manhã de quinta-feira, a cerca de 500 metros da proa do Titanic, confirmou nesta quinta-feira o contra-almirante John Mauger, da Guarda Costeira dos EUA.

"Foi o primeiro indício de que houve um evento catastrófico — disse Paul Hankins, especialista em salvamento da Marinha dos EUA. — Os detritos encontrados hoje eram consistentes com a perda catastrófica da câmara de pressão no submersível.

O contra-almirante John Mauger disse à imprensa que assim que foi determinado, notificaram imediatamente as famílias.

"Em nome da Guarda-costeira dos Estados Unidos e de todo o seu comando, ofereço minhas mais profundas condolência às famílias.

As autoridades encontraram "cinco pedaços principais de detritos" que indicavam que eram do Titan, incluindo uma calota de vonte, a extremidade frontal do casco resistente e a extremidade traseira do casco resistente, confirmou Hankins.

A jornalistas, Hankins disse que encontrar os destroços indicava um “evento catastrófico”.

— Ainda não se sabe como isso aconteceu (a implosão). As autoridades e o governo discutirão como/se essa investigação continuará daqui por diante

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