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Síria negocia evacuação de rebeldes de dois bairros de Damasco

Se as conversas chegarem a bom termo, essa será a primeira evacuação de rebeldes na capital desde que o conflito começou, há seis anos

Síria: em Damasco, os rebeldes e seus aliados jihadistas estão presentes em cinco bairros (Rodi Said/Reuters)

Síria: em Damasco, os rebeldes e seus aliados jihadistas estão presentes em cinco bairros (Rodi Said/Reuters)

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AFP

Publicado em 8 de maio de 2017 às 07h18.

Última atualização em 8 de maio de 2017 às 07h19.

Negociações estavam em andamento neste domingo para evacuar insurgentes e familiares deles de dois bairros rebeldes de Damasco, informou à AFP uma fonte militar síria no terreno.

Se as negociações chegarem a bom termo, seria a primeira evacuação de rebeldes na capital síria desde que o conflito começou, há seis anos, embora na província de Damasco tenham sido realizadas operações similares.

"Estão sendo realizadas negociações entre intermediários dos bairros de Barzé e de Qabun e as autoridades sírias com a finalidade de evacuar os rebeldes e suas famílias", indicou a fonte, que pediu para ter sua identidade preservada.

A evacuação de Barzé poderia começar a partir de amanhã, segundo a fonte, que não informou quantas pessoas podem ter sido envolvidas.

As negociações ocorreram no dia seguinte ao início de um processo implantado por Rússia e Irã - aliados do regime - e a Turquia, que apoia os rebeldes, para que diminua a violência em quatro setores da Síria. A capital, no entanto, está excluída.

Em Damasco, os rebeldes e seus aliados jihadistas estão presentes em cinco bairros. Controlam a maior parte de Qabun e Teshrin (nordeste), enquanto que no de Khobar (leste) o regime também está presente. Também estão em Barzé (norte) e Tadmon (sul).

Segundo a fonte militar, "foi concluído um cessar-fogo até a meia-noite para se chegar a um compromisso nos dois bairros" de Qabun e Barzé.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) também confirmou as negociações e afirmou que as evacuações poderiam atingir milhares de rebeldes e civis.

Desde que começou, em março de 2011, a partir da repressão de manifestações pacíficas, o conflito sírio deixou mais de 320.000 mortos e milhões de deslocados.

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