Síria: Assad incita tropas a enfrentar insurgentes
Assad voltou a falar dos inimigos da Síria no exterior para alegar que "tiveram que recorrer a novas conspirações" e pediram a agentes locais que atuem por eles
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2012 às 17h32.
Cairo - O presidente sírio, Bashar al-Assad , incitou nesta quarta-feira as tropas leais ao regime a enfrentar a guerra da qual, em sua opinião, depende o destino da Síria, em um dia em que os intensos combates voltaram a acontecer em Alepo e outras localidades do país.
Em discurso divulgado pela revista do exército por ocasião do 67º aniversário das Forças Armadas, Assad elogiou suas tropas por seu comportamento "na guerra que o país enfrenta e por enfrentar os grupos terroristas".
O líder destacou que o destino do povo depende da atual "luta contra o inimigo", que "se serve de seus agentes no interior da Síria como ponte para atacar a estabilidade da nação, desestabilizar o cidadão e seguir danificando nossa capacidade econômica".
Assad voltou a falar dos inimigos da Síria no exterior para alegar que "tiveram que recorrer a novas conspirações" contra a Síria e pediram a agentes locais que atuem por eles.
Em sua tentativa de elevar o moral das tropas, reiterou sua confiança nas forças governamentais e criticou os insurgentes - parte deles, desertores do Exército - por querer "impedir os sírios de traçar seu futuro".
As palavras de Assad foram ditas em meio à ofensiva que desde sábado o exército sírio realiza contra a cidade de Alepo, centro econômico do país, com o objetivo declarado de expulsar os grupos armados opositores.
O coordenador da rede "Sham" em Alepo, Majid Abdelnur, informou à Agência Efe pela internet sobre confrontos armados entre forças leais ao regime e opositores nos bairros de Bab al Nireb, Sahaledín e Al Sukari.
Por sua vez, uma fonte militar de alta patente disse hoje à Efe, por telefone, que o Exército sírio enfrenta cerca de 3 mil insurgentes em Alepo e matou um número "considerável" de seus líderes, entre eles, Ahmad Hajj Qasem bin Abdulrahman, chefe de um suposto grupo terrorista.
Testemunhas no norte de Alepo explicaram à Efe também via telefone que as forças governamentais fizeram uma emboscada contra um grupo de insurgentes formado por centenas de pessoas na cidade de Handarat, ao norte de Alepo.
Aparentemente, as Forças Armadas sírias apostam, por sua vez, em que o rebelde Exército Livre Sírio (ELS) sofrerá em breve a escassez de munição em Alepo devido ao bloqueio imposto na fronteira com a Turquia.
Do outro lado, o ativista Abu Omar afirmou à Efe via internet da cidade de Marea (Alepo) que a província está controlada em sua maioria pelos insurgentes e que já não há enfrentamentos entre as partes, mas bombardeios do Exército, sobretudo à noite.
"O povo está em pânico. As cidades da região estão sem água, luz e alimentos, e o pouco combustível que há é vendido muito caro", afirmou Omar, que acrescentou que localidades como Atareb, Anadan e Azaz se encontram parcialmente destruídas.
Para aliviar o desabastecimento em Alepo, o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas informou hoje que enviou comida a 28 mil pessoas da região para os próximos dias.
Neste contexto, os opositores Comitês de Coordenação Local (CCL) afirmaram que 117 pessoas morreram hoje em atos armados em todo o país, a metade delas na região de Damasco e em seus arredores.
Segundo relato dos CCL, na cidade de Artuz, perto da capital, pelo menos 50 pessoas morreram em enfrentamentos entre rebeldes e as tropas governamentais que entraram na área.
O também opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos contabilizou as mortes de 88 civis e 29 soldados do regime, além de denunciar fortes confrontos e bombardeios no bairro de Tadamun (Damasco), entre outros fatos.
O Exército sírio bombardeou igualmente várias áreas das províncias de Deraa e Deir ez Zor, enquanto o ELS reivindicou nesta quarta-feira o sequestro do xeique Mahmoud Hasun, irmão do mufti geral (autoridade jurídica) da Síria, Ahmad Hasun, um colaborador próximo de Assad.
Cairo - O presidente sírio, Bashar al-Assad , incitou nesta quarta-feira as tropas leais ao regime a enfrentar a guerra da qual, em sua opinião, depende o destino da Síria, em um dia em que os intensos combates voltaram a acontecer em Alepo e outras localidades do país.
Em discurso divulgado pela revista do exército por ocasião do 67º aniversário das Forças Armadas, Assad elogiou suas tropas por seu comportamento "na guerra que o país enfrenta e por enfrentar os grupos terroristas".
O líder destacou que o destino do povo depende da atual "luta contra o inimigo", que "se serve de seus agentes no interior da Síria como ponte para atacar a estabilidade da nação, desestabilizar o cidadão e seguir danificando nossa capacidade econômica".
Assad voltou a falar dos inimigos da Síria no exterior para alegar que "tiveram que recorrer a novas conspirações" contra a Síria e pediram a agentes locais que atuem por eles.
Em sua tentativa de elevar o moral das tropas, reiterou sua confiança nas forças governamentais e criticou os insurgentes - parte deles, desertores do Exército - por querer "impedir os sírios de traçar seu futuro".
As palavras de Assad foram ditas em meio à ofensiva que desde sábado o exército sírio realiza contra a cidade de Alepo, centro econômico do país, com o objetivo declarado de expulsar os grupos armados opositores.
O coordenador da rede "Sham" em Alepo, Majid Abdelnur, informou à Agência Efe pela internet sobre confrontos armados entre forças leais ao regime e opositores nos bairros de Bab al Nireb, Sahaledín e Al Sukari.
Por sua vez, uma fonte militar de alta patente disse hoje à Efe, por telefone, que o Exército sírio enfrenta cerca de 3 mil insurgentes em Alepo e matou um número "considerável" de seus líderes, entre eles, Ahmad Hajj Qasem bin Abdulrahman, chefe de um suposto grupo terrorista.
Testemunhas no norte de Alepo explicaram à Efe também via telefone que as forças governamentais fizeram uma emboscada contra um grupo de insurgentes formado por centenas de pessoas na cidade de Handarat, ao norte de Alepo.
Aparentemente, as Forças Armadas sírias apostam, por sua vez, em que o rebelde Exército Livre Sírio (ELS) sofrerá em breve a escassez de munição em Alepo devido ao bloqueio imposto na fronteira com a Turquia.
Do outro lado, o ativista Abu Omar afirmou à Efe via internet da cidade de Marea (Alepo) que a província está controlada em sua maioria pelos insurgentes e que já não há enfrentamentos entre as partes, mas bombardeios do Exército, sobretudo à noite.
"O povo está em pânico. As cidades da região estão sem água, luz e alimentos, e o pouco combustível que há é vendido muito caro", afirmou Omar, que acrescentou que localidades como Atareb, Anadan e Azaz se encontram parcialmente destruídas.
Para aliviar o desabastecimento em Alepo, o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas informou hoje que enviou comida a 28 mil pessoas da região para os próximos dias.
Neste contexto, os opositores Comitês de Coordenação Local (CCL) afirmaram que 117 pessoas morreram hoje em atos armados em todo o país, a metade delas na região de Damasco e em seus arredores.
Segundo relato dos CCL, na cidade de Artuz, perto da capital, pelo menos 50 pessoas morreram em enfrentamentos entre rebeldes e as tropas governamentais que entraram na área.
O também opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos contabilizou as mortes de 88 civis e 29 soldados do regime, além de denunciar fortes confrontos e bombardeios no bairro de Tadamun (Damasco), entre outros fatos.
O Exército sírio bombardeou igualmente várias áreas das províncias de Deraa e Deir ez Zor, enquanto o ELS reivindicou nesta quarta-feira o sequestro do xeique Mahmoud Hasun, irmão do mufti geral (autoridade jurídica) da Síria, Ahmad Hasun, um colaborador próximo de Assad.