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Sinos repicarão em todo o mundo para despedida do papa

No momento em que o helicóptero iniciar voo levando Bento XVI, soarão todos os sinos das igrejas de Roma


	Bento XVI faz seu último discurso como pontífice em audiência pública na Praça de São Pedro: sua renúncia será efetivada às 16h de Brasília
 (REUTERS/Alessandro Bianchi)

Bento XVI faz seu último discurso como pontífice em audiência pública na Praça de São Pedro: sua renúncia será efetivada às 16h de Brasília (REUTERS/Alessandro Bianchi)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2013 às 12h38.

Redação Central - Os sinos do mundo católico repicarão nesta quinta-feira para que os fiéis se despeçam do papa Bento XVI, que fará efetiva sua renúncia às 20h de Roma (16h de Brasília), três horas após deixar o Vaticano.

O papa será recebido no Pátio de São Damásio por membros da Guarda Suíça e irá de carro, acompanhado pelo Secretário de Estado, o cardeal Tarcisio Bertone, ao heliporto do pequeno estado, de onde viajará de helicóptero até Castel Gandolfo, residência de verão dos papas localizada a 30 quilômetros de Roma.

No momento em que o helicóptero iniciar o voo, soarão todos os sinos das igrejas de Roma, a diocese de Bento XVI, e o mesmo será feito pelos de Castel Gandolfo quando a aeronave chegar.

Mas não será apenas no Vaticano e em Roma que os sinos homenagearão Bento XVI. Na Espanha, os da catedral da Almudena de Madri repicarão durante vários minutos às 17h locais e, na esplanada contígua, um grupo de jovens católicos se concentrará para expressar a Bento XVI agradecimento público.

Também está previsto que os sinos repiquem em outras cidades espanholas, mas outras, como no caso de Toledo, o farão quando for eleito o novo papa.

Na Alemanha, onde nasceu Joseph Ratzinger e onde há 25 milhões de católicos, também repicarão os sinos das igrejas católicas, mas às 19h GMT (16h de Brasília), no momento da renúncia.

Ao mesmo tempo, haverá missas extraordinárias em um grande número de templos religiosos, como na catedral católica de Santa Edwiges de Berlim, para que os fiéis possam orar pelo papa alemão no momento em que se retira.


A França prestará homenagem à despedida de Bento XVI com duas grandes missas, uma em Paris, oficiada pelo arcebispo André Vingt-Trois, e a outra em Lyon.

Em Notre Dame, na capital Paris, os sinos não soarão porque estão sendo substituídos por ocasião do 850º aniversário da catedral, e não estarão prontos até a próxima Semana Santa. Já a diocese de Laval, no nordeste do país, repicará seu sino de 6 toneladas, o que só acontece em poucas ocasiões especiais.

Os fiéis poloneses agradecerão hoje pelo pontificado de Bento XVI com uma oração conjunta e celebrações religiosas nas principais igrejas do país.

Na América, o continente com maior número de católicos no mundo, os sinos da Catedral Metropolitana da Cidade do México soarão 60 vezes às 19h GMT. Já no Paraguai, o Arcebispado de Assunção anunciou que "as paróquias da capital farão repicar seus sinos, como sinal de gratidão pelo pontificado de Bento XVI".

No Brasil, a Arquidiocese de São Paulo realizará uma missa na Catedral de Sé, oficiada pelo bispo auxiliar Tarcísio Scaramussa. No Rio de Janeiro, que receberá em julho a Jornada Mundial da Juventude, na qual se espera a presença do novo papa, foi celebrada na sexta-feira passada uma missa de ação de graças por Bento XVI.

No Reino Unido, o arcebispo de Liverpool, Patrick Kelly, oficiará hoje uma missa na catedral da cidade às 19h GMT.

A Catedral da Imaculada Conceição de Moscou, o principal templo católico da Rússia, realizará também hoje uma missa em russo dedicada a Bento XVI.

Assim como seu antecessor, João Paulo II, o pontífice alemão não pôde visitar a Rússia, onde 600 mil pessoas professam o catolicismo, mas durante seu pontificado melhoraram notavelmente as relações entre o Vaticano e a Igreja Ortodoxa Russa.

Os atos de homenagem também chegarão a países onde os cristãos são minoria.

O patriarcado da Igreja Católica Maronita em Bkerke, no Líbano, pediu aos fiéis que acendam uma vela às 19h GMT na janela de suas casas e os incentivou a assistir pela televisão o último dia do pontificado de Bento XVI. 

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